Presidente adia reunião sobre preço de combustíveis

Publicado em 05/06/2018 09:12

Marcada para hoje (4), a reunião do Grupo de Trabalho composto por técnicos dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia (MME), além da Agência Nacional do Petróleo (ANP), foi adiada e ainda não tem uma nova data para ocorrer. A iniciativa foi anunciada na sexta-feira (1º) pelo MME. Na ocasião o ministério informou, por meio de nota oficial, que a reunião buscaria criar uma "política de amortecimento dos preços dos combustíveis ao consumidor".

A suspensão da reunião foi determinada pelo presidente Michel Temer, segundo apurou a Agência Brasil. Temer considerou inoportuno e indelicado o governo discutir eventuais mudanças nos prazos de reajustes de preços da gasolina e demais combustíveis, no momento em que o novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, mal assumiu o cargo.   

O presidente Temer orientou seus auxiliares a conduzir os estudos internamente e compartilhá-los mais tarde com a Petrobras, antes de anunciar publicamente qualquer intenção ou proposta. A ordem no Palácio no Planalto é que se consolidem primeiramente a redução efetiva do preço do diesel nas bombas em todo o país e, em seguida, as medidas legais para compensação do desconto de R$ 0,46 por litro, antes de se iniciar o debate sobre a gasolina e gás.

Segundo o MME, a iniciativa não tocaria na política de preços da Petrobrás. Uma das possibilidades seria repassar as variações nos preços da gasolina mensalmente, em vez de acompanhar diariamente as variações do mercado. 

"Essa política de proteção terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor", sustentou o MME na última sexta-feira.

Ainda segundo o Ministério de Minas e Energia, seria formado um Grupo de Trabalho para ouvir especialistas sobre o assunto a fim de “ajudar a construir uma solução que permita, por um lado, a continuidade da prática de preços livres ao produtor/importador e, por outro, o amortecimento dos preços ao consumidor.”

*Com informações do repórter da Agência Brasil, Luciano Nascimento

Fonte: Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Motta afirma que vai pautar com urgência projeto que susta decreto do IOF Motta afirma que vai pautar com urgência projeto que susta decreto do IOF
Aprosoja MT repudia a MP 1.303/2025 e se une à FPA e à Faep na defesa do financiamento do agro
Ações europeias caem com perda de força de otimismo sobre comércio e aumento de tensões geopolíticas
FMI diz que projeções econômicas de julho vão considerar acordos comerciais e incertezas
Wall St oscila entre ganhos e perdas com aumento das tensões no Oriente Médio em foco
Preço do frete rodoviário no Brasil aumenta em maio, aponta Edenred Repom