Na Folha: Pesquisa do governo mostra que 2/3 da população querem militares ou Diretas Já, por Mônica Bergamo

Publicado em 05/06/2018 07:03
O governo está monitorando as reações à greve dos caminhoneiros por meio de pesquisas feitas por telefone

No auge da crise, um terço dos brasileiros, de acordo com as sondagens, defendia intervenção militar imediata no país. Outro percentual equivalente queria a realização de eleições antecipadas, e imediatas, para debelar a crise. A sondagem foi feita pelo Ibope e entregue à equipe de comunicação do presidente Michel Temer.

UM CAMINHÃO DE ESTATISTAS, por Rodrigo Constantino (GAZETA DO POVO)

A situação não está fácil para ninguém. A herança maldita deixada pelo PT foi enorme, o estrago quase afundou de vez com o Brasil. Flertamos com o modelo venezuelano, e deu nisso. A população está revoltada, saturada do establishment, descrente das instituições.

Diante desse quadro, a alta do dólar e do combustível foi a gota d’água para os caminhoneiros. Em uma reação desesperada, eles partiram para essa paralisação que gerou tanta tormenta à população. Compreensível, claro, mas não é por entender os motivos que vamos aplaudir os métodos.

Infelizmente, muitos que se dizem conservadores, mas parecem “revolucionários de Facebook”, embarcaram nessa canoa furada, jogando lenha na fogueira de forma irresponsável, pregando a queda do “sistema” faltando meses para uma eleição. Insuflaram as massas revoltadas como se os caminhoneiros representassem libertadores, não um grupo de interesses lutando por privilégios. O resultado? Estado intervindo mais ainda, apesar de a intervenção estatal ser parte do problema.

Se Bolsonaro agiu de forma populista nesse caso, Ciro Gomes, por sua vez, deu uma entrevista lamentável ao programa Roda Viva. Citou o terrorista Che Guevara com orgulho, pregou mais Estado para tudo, e chegou a acusar a população venezuelana, que luta desesperada contra uma ditadura, de “fascista”. É o cúmulo do absurdo!

Já um conhecido ativista historiador, num programa de rádio, em vez de atacar a estatal Petrobras, instrumento de demagogia há décadas, preferiu cuspir no mercado, e disse, demonstrando ignorância profunda no assunto, que sem o Estado não haveria industrialização em nosso País, pois capitalista não investiria a longo prazo. Bobagem!

Esses são nossos políticos e formadores de opinião: quase todos nacionalistas e estatistas. Poucos são os que defendem o livre mercado, o caminho árduo e lento das reformas estruturais, da construção de instituições mais sólidas. A maioria prefere jogar para a plateia, oferecer soluções mágicas, se colocar como messias salvadores que vão, por meio do próprio Estado, resolver nossos males de cima para baixo, com mais intervencionismo e dirigismo. Oferecem mais do veneno que nos trouxe até essa situação.

Nos Estados Unidos de Donald Trump faltam 50 mil caminhoneiros para dar conta de tanta demanda. No Brasil, os caminhoneiros mergulham o País na barbárie em troca de vantagens, e ainda são tratados como heróis por nossa “direita”. É duro. (RODRIGO CONSTATINO).

DE QUEM É A CULPA PELO BAIXO PRESTÍGIO DA DEMOCRACIA BRASILEIRA? (por Adolfo Sachsida)

A democracia brasileira está em xeque. Pesquisa de opinião recente sugere que 36% dos brasileiros são favoráveis a uma intervenção militar. Como chegamos a essa situação?

Se queremos descobrir os culpados pelo atual baixo prestígio da democracia brasileira devemos descobrir quem foram os responsáveis por disseminar o caos em nosso país. Quem são os responsáveis por criarem centenas de salvaguardas a bandidos e corruptos ao mesmo tempo em que minam toda forma de autoridade, seja do pai e da mãe, seja do policial, seja do professor em sala de aula?

Quem apoiou com entusiasmo os movimentos ilegais de invasão de propriedades públicas e privadas?

Quem por anos culpou o cidadão comum pela violência ao mesmo tempo em que dizia que marginais eram vítimas da sociedade?

A resposta é sempre a mesma: a intelectualidade progressista, os famosos intelectuais da esquerda geraram o problema atual. E agora querem culpar os outros pelo problema que eles mesmos criaram.

Existe uma forma consistente de destruir qualquer sociedade: estimular a violência e a inflação. A inflação ao destruir o poder de compra dos mais pobres gera tremenda insatisfação popular; e a violência leva o medo a todos. Num ambiente com altas taxas de inflação e violência a sociedade clama por ordem.

Talvez fosse esse o golpe que muitos intelectuais da esquerda gostariam de ver: o povo dando mais poder ao governo central, comandado pelo PT, abdicando de liberdade em prol de segurança. Com o impeachment de Dilma esse plano veio abaixo, mas anos dessa política geraram estragos profundos.

Hoje a inflação está sob baixa, e isso diminui de certa maneira a demanda por uma ruptura democrática. Contudo, os índices de violência continuam altos.

Para restaurarmos o prestígio da democracia brasileira devemos então restaurar a ordem em nosso país. As leis precisam valer para todos, e quando o STF age com discricionariedade isso mina nossa democracia.

Quando os deputados e senadores tripudiam do povo isso mina nossa democracia. Quando um presidente se encontra na calada da noite com um conhecido vigarista, e pessoas próximas ao poder são flagradas com malas de dinheiro, isso mina nossa democracia.

Enfim, hoje o controle da inflação é o pouco que nos separa da ruptura da ordem democrática. Se a inflação sair do controle no ambiente atual podem apostar que teremos uma ruptura, e os responsáveis por tal ruptura serão justamente os que mais gritam tentando culpar os outros, isto é, os grandes culpados são os intelectuais de esquerda que minaram e tripudiaram da ordem.

Foram as políticas públicas, as leis, e a destruição de padrões morais de respeito (seja a autoridades constituídas, seja a regras de boa convivência), inspiradas nas ideias desses “intelectuais” que afetaram brutalmente a capacidade de nossa democracia garantir a vida, a  propriedade, e a liberdade.

Para finalizar, se você acha que os intelectuais de esquerda nada tem a ver com o problema então se lembre de que boa parte deles apoia as ditaduras cubana e venezuelana.

Lembre-se que diversos partidos de esquerda aplaudem a ditadura em Cuba, e elogiam o regime na Venezuela.

Lembre-se ainda que dois dos intelectuais de esquerda mais queridos foram Sartre (que apoiou uma das ditaduras mais sangrentas da história da humanidade, a ditadura de Mao Tse Tung na China), e Foucault (que apoiou a violenta Revolução no Irã (que entre outras coisas botava fogo em homossexuais)). 

Você pode facilmente ler mais sobre o abundante apoio de intelectuais de esquerda a regimes totalitários, existem livros aos montes documentando esse fato. Acha mesmo que isso é uma coincidência? (Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal).

Fonte: Folha/GazetadoPovo/Inst. Liberal

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