Petrobras aumenta preço da gasolina em 2,25% nas refinarias (Ag Brasil)

Publicado em 02/06/2018 15:54

A Petrobras aumentou hoje (2) em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias. De ontem para hoje, o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro, ao passar de R$ 1,9671 para R$ 2,0113, de acordo com a estatal.

Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, de 20 centavos por litro, já que em 1º de maio, o combustível era negociado nas refinarias a R$ 1,8072.

O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$ 2,0316 por 60 dias.

ANP: abastecimento está normalizado na maioria dos estados

O abastecimento de combustíveis líquidos e de GLP (o gás de cozinha) está sendo normalizado gradativamente no país e, ao longo da próxima semana, a expectativa é que todos os estados estejam com o fornecimento regularizado, avalia a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na noite de ontem (1º), a agência divulgou um balanço do abastecimento de combustíveis no país, após a crise gerada ao longo dos 11 dias de paralisação dos caminhoneiros e bloqueios de estradas no país. Em 19 unidades da federação, o fornecimento de GLP e combustível líquido já está totalmente normalizado.

De acordo com a atualização divulgada pela ANP, o abastecimento está normalizado em todos os estados da Região Sudeste, tanto em relação aos combustíveis líquidos como em relação ao GLP: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo não apresentam mais problemas decorrentes da falta de combustível.

Já no Centro-Oeste, Distrito Federal e Goiás estão em fase de normalização progressiva, tanto de combustíveis líquidos quanto de GLP. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o abastecimento de combustíveis líquidos está normalizado e o de GLP está sendo regularizado.

Em seis dos sete estados da Região Norte, o abastecimento está normalizado para ambos os tipos de combustíveis. A exceção é o Tocantins, onde a situação está se normalizando progressivamente, tanto no caso dos líquidos como no do GLP.

Já na Região Sul, o Paraná registra abastecimento normalizado para líquidos e GLP. Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o GLP está regularizado, mas os combustíveis líquidos estão em fase de normalização.

Moreira Franco: mudança na Petrobras não altera política de preços

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse hoje (2), no Twitter, que a troca de comando na presidência da Petrobras não vai alterar a política preços da empresa. Segundo o ministro, a estatal continua com liberdade para definir a política de precificação dos combustíveis que, atualmente, segue os preços internacionais do barril de petróleo.

"A troca de comando não alterou a política de preços da Petrobras. A Petrobras continua tendo toda liberdade para aplicar sua política de preços. Mas isso não é incompatível com a busca de ações que mitiguem os impactos de flutuação de preços. Porque governo tem que governar. E é isso o que vamos fazer: proteger as pessoas e atividades econômicas das flutuações internacionais dos preços dos combustíveis", afirmou.

Em pronunciamento à nação, Temer também reafirmou o apoio à política de preços praticada pela empresa. Ontem (1º), Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da Petrobras. No início da noite, o presidente Michel Temer confirmou o nome de Ivan Monteiro como novo presidente da estatal.

“Reafirmo que meu governo mantém o compromisso com a recuperação e a saúde financeira da companhia. Continuaremos com a política econômica que nesses dois anos tirou a empresa do prejuízo e a trouxe para o rol das mais respeitadas do Brasil e do exterior. Declaro também que não haverá qualquer interferência na política de preços na companhia.”

Após paralisação, 163 frigoríficos retomaram suas atividades, diz ABPA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que 163 unidades frigoríficas de todo o país reiniciaram suas atividades até ontem (1°). Balanço do dia 27 de maio apontava que 167 plantas frigoríficas estavam paradas, com mais de 234 mil trabalhadores com atividades suspensas .A expectativa da entidade é que todas as agroindústrias produtoras e processadoras da avicultura e da suinocultura voltem suas atividades até o fim da próxima semana.

As unidades frigoríficas de todo o país tiveram que suspender o abate e o processamento de animais em razão da paralisação dos caminhoneiros. Um dos problemas enfrentados foi a falta de ração para os animais. Segundo a ABPA, os prejuízos com a greve ultrapassam os R$ 3 bilhões, entre perdas de comercialização no mercado interno, animais mortos, custos logísticos e perdas de contrato na exportação.

A associação informou que a retomada do setor será feita de forma gradativa, mas que em 60 dias a produção deverá estar normalizada. Segundo a ABPA, pode ocorrer falta de produtos de aves, suínos e ovos nos postos de venda até que a produção e a distribuição sejam completamente restauradas.

Fonte: Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar cai no Brasil em novo dia de busca global por ativos de risco
Ibovespa fecha em alta com alívio na curva de juros e balanços no radar
Taxas futuras de juros caem em dia de ajustes técnicos e alívio com o câmbio
Produção e venda de veículos no Brasil têm forte alta em julho ante junho
Auxílio a produtores e fomento à tecnologia marcam 1º semestre da Comissão de Agricultura
Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro sobre acordo comercial