Governo trabalha para reduzir juros do consignado para setor privado no 2º semestre, diz Planejamento

Publicado em 18/05/2018 12:37

BRASÍLIA (Reuters) - O governo trabalha para reduzir no segundo semestre os juros do crédito consignado para trabalhadores do setor privado com a utilização do saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia, informou o ministério do Planejamento nesta sexta-feira.

Em nota, o Planejamento informou que a investida demanda alterações simples em termos normativos, sem a necessidade de mudanças em lei.

“A Caixa Econômica Federal, como agente operador do FGTS, já está trabalhando nessa agenda. Neste momento, eles estão realizando os trabalhos de tecnologia da informação para montar uma plataforma que possibilite a operação. No segundo semestre deveremos ter novidades para os trabalhadores”, afirmou o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do ministério, Julio Alexandre.

Ele acrescentou ainda que a medida não afetará a saúde financeira do FGTS, pois a garantia só será acionada em casos de demissão sem justa causa. Hoje, os consignados para a iniciativa privada representam menos de 6 por cento do total, apontou o Planejamento.

Também nesta sexta-feira a pasta apresentou um balanço apontando que um ano após a decisão do governo federal de reduzir o teto dos juros em créditos consignados para servidores públicos e aposentados e pensionistas do INSS a concessão de financiamentos com taxas mais baratas ajudou a ampliar em cerca de 16 bilhões de reais o crédito na economia entre abril de 2017 e março de 2018.

"Até abril de 2017, quando o teto estava em 34,5 por cento ao ano para o setor público e 32 por cento para o INSS, o volume de empréstimos consignados crescia em média 0,2 por cento por mês. Após duas sucessivas reduções do teto de juros no ano passado, o volume passou a crescer mais de 0,6 por cento por mês", disse o Planejamento.

Com a última diminuição em setembro, o teto dos juros no consignado passou a ser de 27,6 por cento ao ano para servidores e de 28,0 por cento ao ano para aposentados e pensionistas.

(Por Marcela Ayres)

Fonte: Reuters

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