Bovespa oscila sem direção firme com balanços e exterior em foco; Petrobras sobe

Publicado em 08/05/2018 12:10

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa brasileira não mostrava uma direção firme nesta terça-feira, em meio a uma bateria de resultados corporativos, incluindo os números da Petrobras, e um viés mais cauteloso nos mercados globais.

Às 12:02, o Ibovespa subia 0,04 por cento, a 82.749 pontos. O índice já oscilou nesta sessão entre a máxima de 83.280 pontos e a mínima de 82.201 pontos.

O volume financeiro no pregão era de 4,15 bilhões de reais.

A equipe da Guide Investimentos disse enxergar um quadro externo um pouco mais desfavorável para emergentes, destacando o dólar mais forte e cautela ante decisão de Donald Trump sobre sanções ao Irã.

O presidente dos Estados Unidos disse na véspera que anunciará sua decisão sobre se vai retirar o país do acordo nuclear com o Irã às 14h desta terça-feira (15h no horário de Brasília).

DESTAQUES

- PETROBRAS PN e PETROBRAS subiam 1,28 e 0,32 por cento, respectivamente, em meio a balanço trimestral e anúncio de que o conselho de administração aprovou Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor de 652,2 milhões de reais. Para o Itaú BBA, o resultado foi sólido. O avanço nas ações era contido pela queda nos preços do petróleo no exterior.

- MAGAZINE LUIZA disparavam 9,8 por cento, após a varejista lucro líquido trimestral de 147,5 milhões de reais no período de janeiro a março, salto anual de 152 por cento. A empresa "reportou mais um trimestre de resultados fortes", escreveram analistas da Brasil Plural, destacando o crescimento da receita.

- CIELO avançava 1,47 por cento, tendo relatório de analistas do JPMorgan elevando a recomendação das ações para 'neutra', apesar de corte nas estimativas de lucro e no preço-alvo, de 20 para 19 reais.

- BRADESPAR PN caía 5 por cento, pressionada ainda por preocupações com processo envolvendo ações da Vale. O jornal Valor Econômico noticiou nesta terça-feira que quatro fundos de pensão ligados a estatais avaliam acionar na Justiça a Bradespar por causa de disputa envolvendo a Elétron, do grupo Opportunity. A 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio homologou, segundo o jornal, laudo pericial que fixa em 4 bilhões de reais uma indenização à Elétron, porque supostamente a Elétron não teria conseguido exercer opção de compra de ações da extinta Valepar.

- SMILES caía 3,13 por cento, tendo no radar lucro líquido de 155 milhões de reais de janeiro a março, queda de 0,8 por cento ante mesmo período de 2017. Analistas do BTG Pactual destacaram que o resultado trimestral da administradora de programas de fidelidade de clientes ficou em linha com o esperado, mas com algumas ressalvas.

- MRV tinha acréscimo de 1,44 por cento, ensaiando melhora após recuar mais cedo, em meio à repercussão do resultado do primeiro trimestre da construtora especializada em imóveis econômicos, de modo geral em linha com as expectativas dos analistas, com lucro de 160 milhões de reais, alta de 22,3 por cento ante um ano antes.

(Por Paula Arend Laier)

Fonte: Reuters

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