Instituto Paraná: Bolsonaro lidera com folga, mas esquerda tem mais voto somado

Publicado em 03/05/2018 05:00
por Rodrigo Constantino, na Gazeta do Povo

Levantamento inédito do Instituto Paraná mostra que sem Lula o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) assume a dianteira na corrida ao Planalto. Bolsonaro fica com 20,5%, seguido por Marina Silva (Rede-AC) e, em terceiro,Joaquim Barbosa (PSB-RJ), que aparece com 11%.

Com a margem estimada de erro de 2%, Marina e Barbosa estão tecnicamente empatados. A pesquisa do Instituto Paraná ouviu, entre os dias 27 de abril e 2 de maio, 871 pessoas, em 137 municípios de 26 unidades da federação, nas cinco regiões do país.

Uma olhada rápida pode animar os eleitores de Bolsonaro, que se estabeleceu de forma sólida na liderança, com certa folga para o segundo colocado (quase o dobro!). Porém, uma análise mais abrangente com base na ideologia mostra que a turma mais à direita não pode relaxar, pois os esquerdistas, somados, têm mais votos.

Se juntar Marina Silva, Joaquim Barbosa e Ciro Gomes, o pacote de esquerda tem mais de 30%. Ainda tem o PT e o PSOL que, juntos, dão mais 5% quase. Enquanto isso, os votos de centro, que podem pender tanto para a esquerda como a direita, somam perto de 15% (Alckmin, Álvaro Dias e Temer).

É óbvio que ainda falta muito para a eleição, que muita água vai rolar, que o rolo compressor das máquinas partidárias vai entrar em cena, ainda mais numa eleição casada, com candidatos a governo estadual também. Os milhares de prefeitos do PSDB e PMDB não podem ser ignorados, nem a força dos cabos eleitorais desses partidos grandes. E sabemos também que votos não são automaticamente transferidos de acordo com alinhamento ideológico, ainda mais num país tão personalista como o nosso.

Dito isso, quem observa tal pesquisa e depois mergulha no universo das redes sociais sai convencido de que o mundo virtual parece distante da realidade, debatendo detalhes mais ideológicos e puristas entre candidatos dentro da direita, como se mais nomes que não o de Bolsonaro realmente tivessem chances concretas.

Enquanto vem fogo “amigo” dos liberais contra Bolsonaro, a extrema-esquerda segue avançando e se consolidando como uma força competitiva. Esse cenário é simplesmente assustador, sombrio. A menos, claro, que os “liberais” prefiram uma Marina Silva, com seu pacote que inclui petistas e ex-petistas, ou Joaquim Barbosa, o que chamou o impeachment de Dilma de “tabajara”, ou ainda o Ciro Gomes, cuja loucura dispensa comentários.

Política é a arte do possível, não o mundo dos ideais. E, no momento, o que está pintando é que a possibilidade de a extrema-esquerda retornar ao poder no Brasil não é nada desprezível. Melhor os liberais e conservadores tomarem logo consciência do perigo…

Rodrigo Constantino

 

Os votos em Bolsonaro (em O Antagonista)

A pesquisa divulgada nesta semana pelo Instituto Paraná sobre a corrida presidencial mostrou que na faixa etária de 16 a 24 anos, Jair Bolsonaro tem até 30% das intenções de voto.

Entre os eleitores com mais de 60 anos, o percentual de votos no deputado presidenciável é de 14%.

Entre os homens, Bolsonaro conta com 27% das preferências, segundo a pesquisa. Entre as mulheres, com 14%.

Álvaro do Sul

Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Paraná divulgada nesta semana, vale registrar que Álvaro Dias (Podemos) conta com até 22% das intenções de voto no Sul, embora sua média nas demais regiões seja de 3%.

Em outubro vamos decidir sobre qual o modelo de país que queremos (editorial do ESTADÃO)

O maior desafio que os eleitores deverão enfrentar em outubro é a escolha do modelo de país que queremos não para os próximos quatro anos, e sim para as próximas décadas.

As eleições deste ano terão especial importância porque as escolhas produzirão efeitos, para o bem ou para o mal, muito além do horizonte temporal dos mandatos do próximo ocupante do Palácio do Planalto e dos representantes no Congresso. Há que se ter máximo cuidado ao votar em meio à grande oferta de irresponsabilidades que, embora muito agradáveis aos ouvidos, apresentarão ao País uma conta impagável.

“Nessa eleição, estarão em jogo dois modelos: um para mudar a voz do Brasil no mundo, inserir o País nos mercados internacionais; ou um modelo de mercado fechado. O resultado disso é, de um lado, crescimento sustentável e, de outro, a Grécia”, advertiu o diplomata Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice) e ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Barbosa foi um dos convidados para o terceiro de uma série de seis eventos do Fórum Estadão: A Reconstrução do Brasil, promovido pelo Estado em parceria com a Unibes Cultural e apoio do Centro de Liderança Pública (CLP) e Tendências Consultoria Integrada, além do Irice.

Os temas da terceira edição do Fórum, ocorrida na quarta-feira passada no teatro da Unibes Cultural, foram o papel do Brasil no mundo e os desafios do federalismo no País.

O Brasil vem perdendo protagonismo internacional, principalmente, pelos inúmeros erros da política externa dos governos lulopetistas, pautada muito mais pela “solidariedade” a governos amigos do que pela inarredável defesa dos interesses nacionais. 

Sob os governos petistas, o Brasil se isolou ou foi isolado. Para Rubens Barbosa, o País não sabe sequer quais são “seus rumos e seu lugar na América Latina”. Esta visão é compartilhada pela economista Lídia Goldenstein, membro do Conselho de Comércio Exterior da FIESP. “Temos de ter uma estratégia que repense o Brasil em um mundo que não é mais o que estamos pensando”, disse ela.

O enorme trabalho para reerguer o País dos escombros do populismo lulopetista, já bem encaminhado pelo governo do presidente Michel Temer, não pode deixar de ser uma agenda prioritária para qualquer um que pretenda sucedê-lo com responsabilidade. E não se pode mais tomar este conjunto de medidas sem considerar todas as implicações externas de se fazer política em um mundo globalizado.

O ex-chanceler Celso Lafer, também presente ao Fórum, ressaltou a importância de o País traçar a estratégia de posicionamento global. “A partir da avaliação do que é mais imperativo (para o Brasil) é preciso ver o que os cenários internacionais oferecem na atual conjuntura”, disse.

No segundo painel, sobre os desafios do federalismo no País, tratou-se da concentração dos recursos públicos na União. Tal como está, o atual modelo de distribuição de atribuições entre a União, os Estados e os municípios cria um impasse quanto à administração de políticas públicas e à devida prestação de contas aos cidadãos. “Até quando vamos viver nesse destrambelhamento federativo? Não temos nada de patrimônio, é tudo da União”, disse Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Marcos Mendes, chefe da assessoria especial do Ministério da Fazenda, ponderou que a flexibilidade do atual modelo federativo é boa, não obstante a necessidade de ser reformado em alguns pontos, sobretudo em virtude da crise econômica.

Com pertinência, Cibele Franzese, professora da Escola de Administração da FGV, lembrou que “a confusão do pacto federativo” começou em 1988, com a promulgação da Carta Magna, quando se desenhou um Estado de bem-estar social sem se dizer quem faz o quê.

É evidente que em outubro optar-se-á por uma ou outra candidatura; no entanto, como se vê, a escolha de fundo é bem mais complexa.

Caetano e Família recebem fortes vaias em show ao gritar "Lula Livre"!!!

A vida de esquerdista radical não está fácil, ainda mais agora que a bolha estourou. Caetano Veloso, aquele que defende black blocs, MST, PSOL e PT, mas que banca o “intelectual” moderado e “progressista”, resolveu transformar seu show com os filhos num evento político, e clamou pela soltura do bandido Lula, condenado e preso por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O resultado, segundo um site de esquerda, não foi o esperado:

Quando entoa “Força estranha” (de sabidas referências a Roberto Carlos) aí sim, o público canta a plenos pulmões. Sentindo-se mais confiante, Caetano solta um “Lula livre”.

O que se vê é a transformação imediata daquela plateia em fúria, urros, uma vaia estrepitosa como ele só deve ter conhecido no palco do festival da canção, no Maracanãnzinho, quando em setembro de 1968 tentou cantar “É Proibido proibir”. Distingue-se a débil tentativa do grupo jovem que ocupa as primeiras fileiras do teatro, sabe-se lá a custa de quanto sacrifício, para pagar com mesadas os ingressos salgados do show, por isto, em minoria, de reproduzir a palavra de ordem: “Lula livre”. Aqui e ali gritos de: “pega ladrão”, e, ainda, “viva Moro”.

[…]

Moreno, no entanto, Caetaneou. Ao final do show, quando de pé o público exigia o bis, voltou ao palco e disparou: “o meu pai já disse e eu vou repetir: “Lula livre”.

Estava de novo, e desta vez mais forte, formada a “força estranha” que impulsiona aquela gente. Vaia, gritos, revolta e, aplausos esquizofrênicos – quer dizer, entusiasmados – no final, para o quarteto.

Na saída, deu para ouvir, de uma senhora com a chapinha em dia e um bem cortado casaco preto, reagir: “o que ele está pensando? Vem levantar bandeira aqui…”

O autor da notícia, um petista fanático, lamenta a “elite” que pode pagar pelo show de Caetano reagir dessa forma, e conclui que quando o “povo” pode opinar, costuma fazer coro ao grito do cantor. Povo, para essa turma, é a claque vermelha movida à mortadela, que fique claro.

Resta saber como Caetano vai fazer para sustentar sua vida de nababo só com o “povo”, já que seu público alvo sempre foi a elite da esquerda caviar. Pelo visto, nem mesmo a elite culpada que costuma ir a show desse trio chato da máfia dendê aguenta mais tanta politização e ideologia tosca em vez de músicas. Cae vai acabar sendo abandonado por quem efetivamente paga suas (enormes) contas…

PS: Adoraria ver um vídeo desse momento democrático de vaia contra o petismo criminoso de Caetano. Alguma boa alma gravou e pode mandar para esse blog?

Rodrigo Constantino

 

Álvaro do Sul


Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Paraná divulgada nesta semana, vale registrar que Álvaro Dias (Podemos) conta com até 22% das intenções de voto no Sul, embora sua média nas demais regiões seja de 3%.

Fonte: Gazeta, Folha, Estadão

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar cai abaixo de R$5,70 com alívio externo e ata do Copom
Índices de ações têm forte alta em sessão de recuperação global
Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e melhora externa
Taxas futuras de juros têm alta firme após ata do Copom e precificam aumento da Selic em setembro
Regulamentação da reforma tributária só deve ser votada após eleições, diz Pacheco
Balança comercial brasileira tem superávit de US$7,640 bi em julho, diz ministério