Petróleo fecha na máxima de 40 meses com estoques e Arábia Saudita
Investing.com - Os preços do petróleo bruto avançaram e fecharam acima de US$ 68 o barril nos EUA pela primeira vez desde o final de 2014, com os investidores recebendo com otimismo a queda dos estoques de petróleo nos EUA e a notícia de que a Arábia Saudita quer o barril a US$ 100.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em maio subiu 2,95%, para US$ 68,47 por barril, enquanto em Londres, o Brent valorizou 2,71%, para encerrar o dia a US$ 73,51 por barril.
Os estoques do petróleo dos EUA surpreenderam com queda de 1,071 milhão de barris na semana passada, contra expectativas de uma redução de 500 mil barris.
Os estoques de gasolina caíram 2,968 milhões de barris, superando as expectativas de um declínio de 227 mil barris. Já os estoques de demais óleos cederam 3,107 milhões de barris, ante projeção de redução da ordem de 268 mil barris.
A surpresa nos estoques de petróleo e combustíveis empurrou os preços do petróleo bruto para as máximas de mais de três anos ao superar os US$ 68 por barril em Nova York.
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EXCLUSIVO-Sauditas adotam visão altista na Opep, querem petróleo a até US$100, dizem fontes
Por Rania El Gamal e Alex Lawler
DUBAI/LONDRES (Reuters) - A Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, ficaria feliz em ver os preços da commodity subirem para 80 dólares, ou mesmo 100 dólares o barril, disseram três fontes do setor, em um sinal de que o reino não deverá buscar mudanças no acordo liderado pela Opep para conter a produção mesmo que a meta original do grupo esteja próxima de ser alcançada.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Rússia e diversos outros produtores começaram a reduzir a oferta em janeiro de 2017 para tentar acabar com um excesso de produção. Eles renovaram o pacto para até dezembro de 2018 e um encontro em junho está marcado para uma eventual revisão dessa política.
A Opep está chegando perto do objetivo original do pacto, que era reduzir os estoques de petróleo dos países industrializados para sua média de cinco anos. Mas não há indicação ainda de que a Arábia Saudita ou seus aliados queiram acabar com os cortes.
Ao longo do ano passado, a Arábia Saudita surgiu como o principal apoiador das medidas da Opep para impulsionar os preços, em uma mudança ante sua postura mais moderada em anos anteriores. O Irã, antes um membro altista da Opep em relação aos preços, agora quer cotações menores que os sauditas.
Fontes da indústria ligaram essa mudança na visão saudita a seu desejo de apoiar a valorização de sua estatal de petróleo Aramco em meio a planos do reino de vender uma fatia minoritária na companhia por meio de uma oferta inicial de ações.
Os cortes de oferta da Opep ajudaram a impulsionar os preços do petróleo neste ano para 73 dólares o barril, maior nível desde novembro de 2014. O petróleo, antes acima dos 100 dólares, um preço que os sauditas apoiavam em 2012, começou a cair em meados de 2014, em meio a uma crescente oferta de fontes rivais do cartel, como os EUA, que inundou o mercado.
Mas os sauditas querem que a alta das cotações vá ainda mais longe. Duas fontes disseram que o desejo é por preços de 80 dólares, ou até 100 dólares, o que teria sido ventilado por autoridades sauditas em encontros fechados nas últimas semanas.
"Chegamos a um ciclo completo. Eu não ficaria surpreso se a Arábia Saudita quisesse um petróleo a 100 dólares até que esse IPO esteja fora do caminho", disse uma fonte de alto nível da indústria sobre a mudança de pensamento saudita.
"A Arábia Saudita quer preços mais altos para o petróleo, sim, provavelmente para o IPO, mas não é só isso", adicionou uma fonte da Opep.
Uma vez que a venda da fatia na Aramco aconteça, Riad poderia continuar querendo preços mais altos para ajudar a financiar iniciativas como o plano de reforma econômica Visão 2030, patrocinado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
Parente seguirá como CEO da Petrobras independentemente de BRF, diz fonte
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Pedro Parente seguirá como presidente-executivo da Petrobras independentemente de eventual convite para ser presidente do Conselho de Administração da companhia de alimentos BRF, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto nesta quarta-feira.
Reportagens publicadas na mídia, incluindo do jornal Valor Econômico, indicaram que Parente poderia ser o novo presidente do conselho da BRF, empresa que vem vivendo há meses desentendimentos entre seus principais acionistas.
Na hipótese de eventualmente vir a assumir como chairman da BRF, a tendência seria Parente deixar a presidência do conselho da bolsa B3, acrescentou a fonte, na condição de anonimato.
Uma assembleia para a composição de novo conselho da BRF está marcada para 26 de abril.
Procurada, a Petrobras informou que não tem o que comentar sobre o assunto e disse que o tema é de competência da BRF.