Eleição presidencial é vista com pessimismo por 44% dos brasileiros e 20% estão otimistas, aponta pesquisa
A eleição presidencial de outubro é vista com pessimismo por 44 por cento dos brasileiros, principalmente devido à corrupção, enquanto 20 por cento veem o pleito com otimismo, apontando em especial a expectativa por mudança e renovação, de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira.
Segundo o levantamento encomendando pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre os principais motivos do pessimismo destacam-se a corrupção (citada por 30 por cento), a falta de confiança nos governantes e candidatos (10 por cento) e a falta de opção entre os pré-candidatos (16 por cento).
Já os otimistas apontaram como principais motivos a expectativa de mudança e renovação (32 por cento), a esperança no voto e participação popular (19 por cento) e o sentimento de melhorias em geral (11 por cento).
Entre os 2 mil entrevistados, 23 por cento disseram não estar otimistas nem pessimista com o pleito, e 13 por cento disseram não saber ou não responderam.
A pesquisa mostrou ainda que 92 por cento da população considera importante ou muito importante que o candidato à Presidência defenda o controle dos gastos públicos, e que conhecer os problemas do país é a característica profissional apontada como mais importante para um candidato.
Para 44% deles, o futuro presidente deverá ter como prioridade “a promoção de mudanças sociais, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social”; Entre as características pessoais, a mais citada foi ser honesto e não mentir na campanha.
A maioria dos eleitores diz ser importante que o candidato acredite em Deus (79%), mas não necessariamente o candidato precisa ser da mesma religião que eles;
— 52% afirmam que preferem candidatos de família pobre;
— para 87% dos entrevistados, a principal característica de um candidato ao Planalto é “ser honesto e não mentir em campanha”;
— entre as características profissionais dos candidatos, os eleitores destacaram “conhecer os problemas do país” (89%), “ter experiências em assuntos econômicos” (77%), “ter boa formação educacional” (74%).
A pesquisa também revela que os brasileiros, na hora de votar, levam mais em conta o candidato do que o partido: 72% dos entrevistados disseram que votam em pessoas que gostam, independentemente da legenda à qual estejam filiadas.
Segundo o levantamento, o PT é o partido com maior percentual de apoiadores, com 19 por cento de apoio. Somente outros três partidos tiveram mais de 1 por cento de votos, o MDB (7 por cento), o PSDB (6 por cento) e o PSOL (2 por cento), enquanto 48 por cento disseram não ter preferência por nenhum partido.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 cidades, entre 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.