Ibovespa sobe e renova máximas em dia de feriado nos EUA e com vencimento de opções

Publicado em 15/01/2018 17:08

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta segunda-feira, renovando máxima histórica, com o permanente bom humor que levou ao rali no início do ano, numa sessão tranquila sem o referência do mercado norte-americano fechado por feriado.

O Ibovespa subiu 0,51 por cento, a 79.752 pontos, após subir a 79.846 pontos no melhor momento da sessão, renovando as máximas históricas de fechamento e intradia.

O giro financeiro do pregão somou 10,1 bilhões de reais, incluindo o exercício de opções sobre ações que movimentou 4,76 bilhões de reais..

O rali tem sido sustentado pela perspectiva positiva para a economia mundial, assim como diante da visão favorável para o cenário local, com recuperação da economia, inflação sob controle e juros baixos.

"Olhando para frente, vamos ter momentos de realização, mas o viés para a bolsa continua positivo", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos, adicionando que a expectativa por resultados corporativos também tem abastecido o otimismo.

Na agenda econômica, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou alta de 0,49 por cento em novembro sobre o mês anterior, quando avançou 0,37 por cento.

DESTAQUES - PETROBRAS PN subiu 0,29 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,54 por cento, após concluir a venda de fatias nas concessões das áreas de Lapa e Iara, ambas na Bacia de Santos, para a petrolífera francesa Total, em negócio que pode envolver 2,35 bilhões de dólares.

- USIMINAS PNA avançou 2,54 por cento e CSN ON teve alta de 2,57 por cento, com investidores otimistas com o setor diante de recentes aumentos nos preços de aço a clientes e com melhora em recomendações. GERDAU PN foi na contramão e recuou 1 por cento.

- GPA PN ganhou 2,16 por cento após reportar aumento de 6,8 por cento nas vendas totais líquidas no quarto trimestre ante igual período de 2016 e ganho de 8,2 por cento no ano. O rival Carrefour Brasil, que divulga prévias na terça-feira, caiu 0,68 por cento.

- CPFL ON avançou 4,06 por cento, liderando as altas do Ibovespa, com a crescente aposta de que a State Grid fará uma nova oferta pública de aquisição (OPA). Em novembro, uma OPA movimentou 11,3 bilhões de reais, com 408,5 milhões de ações negociadas a 27,69 reais cada. Para a Guide Investimentos, a CPFL é uma das ações preferidas do setor elétrico, e o mercado enxerga o momento como uma oportunidade de comprar, uma vez que os papéis seguem descontados.

- IRB BRASIL ON teve alta de 1,38 por cento, após analistas do Credit Suisse iniciarem cobertura do papel com recomendação outperform e preço-alvo de 45 reais.

Exercício de opções sobre ações na B3 movimenta R$4,76 bi

SÃO PAULO (Reuters) - O vencimento de contratos de opções sobre ações movimentou 4,76 bilhões de reais nesta segunda-feira na B3, sendo 4,52 bilhões de reais referentes ao exercício de opções de compra, enquanto 242,5 milhões de reais foram em opções de venda.

As opções de compra de Bradesco PN a 32,86 reais e a 32,63 reais lideraram o giro, movimentando 240,35 milhões de reais e 209,37 milhões de reais, respectivamente.

Na sequência vieram as opções de compra de Petrobras PN a 16 reais (208,78 milhões de reais), Bradesco PN a 33,77 reais (207,62 milhões de reais) e Petrobras PN a 17 reais (193,25 milhões de reais).

No exercício anterior, há cerca de um mês, o giro financeiro do exercício somou 4,47 bilhões de reais.

Às 16:16, o Ibovespa subia 0,35 por cento, a 79.629 pontos. O giro financeiro era de 8,38 bilhões de reais, já incluindo o exercício.

Rebaixamento mostra que futuro econômico é incerto, mas não garante voto pela Previdência, diz Marun

BRASÍLIA (Reuters) - O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de risco Standard & Poor's mostra que o futuro da economia do país ainda é incerto, mas não necessariamente vai mudar a tendência de votos de parlamentares sobre a reforma da Previdência, disse nesta segunda-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

"Não vejo relação imediata entre rebaixamento e voto. É mais um fator que corrobora o que a gente já vem dizendo e praticamente todos os economistas afirmam, que precisamos reformar a Previdência", disse a jornalistas, acrescentando acreditar que os parlamentares já estão conscientes dessa necessidade.

Na semana passada, o governo chegou a dizer que o “susto” com o rebaixamento poderia ajudar na votação da reforma, marcada para 19 de fevereiro. Líderes ouvidos pela Reuters disseram que iriam tentar votar rapidamente a proposta na Câmara para tentar evitar novos rebaixamentos, pelas demais agências de risco.

Marun garantiu que o número de parlamentares favoráveis estaria melhorando --na última contagem, informada à Reuters, ele admitia que faltavam 50 votos para a margem de segurança para aprovação-- mas não quis dar novos números agora. Uma nova contagem, afirmou, só será feita no final deste mês.

"Eu entendo que os votos estão vindo sim, o que nós não estamos neste momento é contando. Tenho consciência que a situação hoje é bem mais favorável que em dezembro, quando iniciou o recesso", disse. "Mas eu quero contar isso no final de janeiro. Estamos avaliando, mas não vamos trabalhar revelando os números agora."

Marun admite que o rebaixamento pelo S&P foi um "revés" que o governo não pode subestimar, apesar do que considera bom momento econômico do país.

"Na verdade não há como se negar que isso vem a corroborar o que o governo vem dizendo há um bom tempo. Sem que venhamos a aprovar uma modernização da nossa Previdência o Brasil tem poucas chances de viver um futuro de prosperidade e quase está condenado a um futuro de incerteza", afirmou.

Ações europeias fazem pausa para recompor fôlego; concorrentes da Carillion avançam


LONDRES (Reuters) - Os principais índices acionários europeus registraram leve queda nesta segunda-feira após duas semanas de ganhos, com as ações de setores cíclicos entre as maiores perdas, enquanto a atividade de fusão e aquisição permanecia em foco.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,12 por cento, a 1.566 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,17 por cento, a 398 pontos. As ações de alguns competidores da Carillion avançaram depois que a empresa de serviços de suporte e construção entrou em colapso, com bancos se recusando a lhe emprestar mais dinheiro.

"As pessoas vão escolher os negócios e para alguns isso será bom", disse um analista do setor de uma corretora britânica.

Entre as rivais da Carillion, a Serco subiu 7,3 por cento, a Interserve, 2 por cento, e o Kier Group, 3,5 por cento, enquanto a Balfour Beatty caiu 3,3 por cento.

Embora o STOXX tenha iniciado 2018 com força e se mantido nos níveis mais altos desde agosto de 2015, a fraqueza entre as ações de bancos e energia mantinha o índice em território negativo, sob pressão ainda do euro mais forte.

A empresa finlandesa de equipamentos de mineração Metso registrou as maiores perdas no STOXX, de 9,8 por cento, após o resultado do quarto trimestre ficar aquém das expectativas.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,12 por cento, a 1.565 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,12 por cento, a 7.769 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,34 por cento, a 13.200 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,13 por cento, a 5.509 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,49 por cento, a 23.543 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,05 por cento, a 10.467 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,04 por cento, a 5.620 pontos.

Fonte: Reuters

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