Venezuela: em plebiscito, 98% rejeitam constituinte de Maduro

Publicado em 17/07/2017 08:05

Os resultados da consulta popular realizada no domingo na Venezuela mostram que 98,4% dos participantes (6.387.854 pessoas) que votaram rejeitam a formação da Assembleia Nacional Constituinte promovida pelo presidente, Nicolás Maduro, para mudar a Constituição.

O reitor da Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL), Raúl López, que faz parte da comissão “de fiadores” deste plebiscito opositor, disse que pelo menos 98% dos participantes votam “sim” pela rejeição da assembleia constituinte.

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Julio Borges, disse no domingo que o fato de que a oposição tenha conseguido mais de 6 milhões de votos a favor da sua proposta no plebiscito contra o Governo deixa o presidente do país, Nicolás Maduro, praticamente “revogado”.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja

Oposição venezuelana diz que 2 pessoas foram "aparentemente" mortas durante plebiscito

CARACAS (Reuters) - Grupos armados que buscavam interromper uma votação num subúrbio de Caracas neste domingo "aparentemente" mataram a tiros duas pessoas e feriram outras quatro durante um plebiscito informal organizado pela oposição contra o presidente Nicolás Maduro, disse a oposição.

Carlos Ocariz, falando em nome da coalizão de oposição Unidade Democrática, disse que homens armados "paramilitares" aparecerem durante a tarde no bairro de Catia, em Caracas, onde milhares de pessoas participavam do evento da oposição.

"Aparentemente, há duas pessoas mortas", disse ele a jornalistas.

Na Folha: Agora, Maduro e oposição partem para confronto final ou diálogo, por Clóvis Rossi

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, perdeu a rua definitivamente neste domingo (16), dado o comparecimento em massa dos venezuelanos para votar no plebiscito convocado pela oposição para que o eleitorado dissesse se aceitava ou não a convocação da Assembleia Constituinte, cuja eleição de seus membros está marcada para o próximo para dia 30.

Não é trivial sair à rua para desafiar um governo repressor como o de Maduro quando se considera a violentíssima reação aos protestos dos 100 dias mais recentes (mais de 90 mortes).

Havia, entre observadores internacionais, o receio de que o medo brecasse a participação, o que é compreensível, não só pela repressão anterior como pelo principal incidente do domingo, a morte de uma pessoa atribuída aos chamados coletivos, paramilitares a serviço do regime.

A maciça manifestação de repúdio ao governo não muda a correlação de forças nas instituições: a oposição continuará entrincheirada na Assembleia Nacional, que conquistou no voto em dezembro de 2015. O governo seguirá mandando em todas as demais instâncias, inclusive e principalmente nas Forças Armadas.

Mas, instituições à parte, a oposição demonstrou que tem também a rua.

Leia a íntegra no site da Folha de S. Paulo.

Fonte: Veja + Reuters + Folha

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