Líder rural da Argentina questiona ações da JBS no país e pede para se investigue envolvimentos em corrupção
O presidente da Confederações Rurais Argentinas (CRA), Dardo Chiesa, quer saber se o grupo brasileiro JBS também esteve envolvido em casos de corrupção em sua matriz argentina.
Presente no país vizinho desde 2005, quando adquiriu a Swift, a companhia chegou a controlar cinco plantas frigoríficas. Hoje, mantém em operação apenas uma, na zona de Rosario.
"Alguém no nosso país deveria ver se a matriz de corrupção [se referindo aos envolvimentos da JBS no cenário político brasileiro] se replicou na Argentina, se houve luz verde ou convivência com autoridades nacionais e buscar os mecanismos para que isto não se repita", disse Chiesa.
Segundo Chiesa, a empresa fez operações durante o governo anterior "pagando 15 o que valia 3 ou 27 o que valia 6". Compraram empresas, canais de distribuição, marcas e, sobretudo, mercados, além da compra de algumas plantas para, depois, fechá-las. Para o presidente, a empresa fechou essas plantas para favorecer o Brasil enquanto exportador e fez "abuso de posição dominante restringindo os preços" com prejuízos para os produtores, uma vez que o negócio se tornou concentrado e, consequentemente, mais difícil.
Tradução: Izadora Pimenta