CVM abre mais dois processos administrativos contra JBS

Publicado em 24/05/2017 07:10

SÃO PAULO (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta terça-feira que abriu mais dois processos administrativos contra controladores da gigante de alimentos JBS, após o escândalo originado na semana passada pelas delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Um dos novos processos "analisa a veracidade da divulgação dos controladores diretos e indiretos, até os controladores que sejam pessoas naturais, da Blessed Holdings (...) a partir de notícias veiculadas na mídia". A Blessed, sediada no Estado norte-americano de Delaware faz parte do grupo de controle da JBS.

O segundo processo envolve a conduta de executivos e controladores da JBS nas negociações para as delações junto ao Ministério Público Federal.

A CVM informou que além destes processos, há ainda outros cinco envolvendo a JBS e outras empresas do grupo J&F, também controlado pelos Batista.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Na Folha:

Após delação, crise corrói valor da JBS e ameaça plano de expansão

A crise desencadeada pela delação dos controladores da JBS corroeu o valor da companhia e criou novos riscos para o ambicioso plano de expansão internacional que ela tenta tirar do papel há meses.

Alvo de várias ações policiais desde o ano passado, a empresa perdeu 46% do seu valor de mercado na Bolsa desde janeiro —um prejuízo equivalente a R$ 15 bilhões.

As ações da JBS subiram 9,53% nesta terça (23), recuperando parte das perdas sofridas na segunda (22), quando o tombo foi de 31,34%. Mas a alta no dia não indica perspectiva melhor, na avaliação dos poucos analistas que se arriscam a delinear cenários para a JBS. Aldo Moniz, analista-chefe da Um Investimentos, diz que surgiram novos fatores de risco para a empresa.

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo

Amigo de Temer, ex-ministro Delfim Netto defende que governo peça extradição de Joesley Batista

POR PAINEL

Resgate Ex-ministro da Fazenda e amigo do presidente, Delfim Netto defende que o Brasil peça a extradição de Joesley Batista. “Ele produziu um terremoto e um prejuízo gigantesco à economia. Precisa ser extraditado para responder por seus crimes.”

Pena máxima Delfim afirma ainda que para os crimes cometidos por Joesley “só cadeia resolve”. “Não pode ser resolvido com o pagamento de multas.” Sua fala faz eco ao que defendem aliados de Temer no governo. A ofensiva sobre Joesley manteria o peemedebista no ringue com um réu confesso.

Leia a íntegra da coluna no site da Folha de S. Paulo

Fonte: Reuters + Folha de S. Paulo

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