Na Folha: "A coisa não pára por aí..." e "Cambada de desclassificados" (aviso aos petistas em festa)

Publicado em 18/05/2017 03:59
COLUNA PAINEL, da Folha: Com grampo, só renúncia ou cassação pelo TSE serão opções para Temer, dizem aliados e rivais

Com grampo, só renúncia ou cassação pelo TSE serão opções para Temer, dizem aliados e rivais

A cruz e a espada Comprovada a existência de gravações envolvendo o presidente Michel Temer, aliados e adversários do governo reconhecem que a hecatombe lançada pelos donos da JBS sobre o Planalto legará ao peemedebista só dois caminhos: a renúncia ou o afastamento pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A corte, que julga a cassação da chapa pela qual ele se elegeu, será pressionada a restaurar a “institucionalidade” no país. Ato contínuo, a oposição vai fazer carga por eleições diretas.

Temos pressa A expectativa no fim da noite desta quarta (17) era de que o TSE fosse convocado a antecipar o julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer, marcado para o dia 6 de junho.

E agora? No TSE, o clima era de apreensão. O presidente da corte, Gilmar Mendes, estava na Rússia, em missão oficial, quando as primeiras notícias sobre o caso saíram. Um ministro do tribunal disse que havia expectativa de que a delação da JBS fosse comprometedora, mas ninguém imaginava algo tão grave.

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Na Folha: Cambada de desclassificados, po Vinicius Torres Freire

  Eduardo Anizelli/Folhapress  
Manifestantes fazem ato contra o presidente Michel Temer, na avenida Paulista, em São Paulo

O que será feito do país quando Michel Temer for defenestrado do Planalto? Essa é a dúvida desesperadora. Como evitar que o governo caia na mão de aventureiros talvez ainda piores? Como conter
a desorganização econômica?

Qualquer solução deveria ser rápida, a fim de evitar riscos institucionais ainda maiores e, se possível evitar a recaída no pior da recessão. Eleição direta, a melhor solução política, reivindicada pela maioria do eleitorado desde o impeachment, não é prevista na Constituição e tende a ser lenta, em tese. Qualquer arranjo limitado ao Congresso ou a sua cúpula repulsiva não será tido como legítimo, para dizer o menos.

Antecipar excepcionalmente o fim deste mandato não parece mais descabido, embora complexo: um governo novo, para quatro anos.

A não ser em hipótese implausível de fraude da denúncia, Temer deve ser deposto. O modo de defenestrá-lo talvez deva fazer parte da negociação do que fazer do país logo após a deposição. Mas as alternativas são renúncia, impeachment e cassação por meio de carona no julgamento da chapa Dilma-Temer.

O julgamento da cassação da chapa foi marcado para 6 de junho. Trata de outro assunto, crime eleitoral em 2014. A absolvição da chapa ou, gambiarra ainda maior, a salvação apenas de Temer seria pilhéria, jeitão e acordão político. Agora, não é mais preciso ou possível manter as aparências descaradas.

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Na Veja: Lula tripudia de Michel Temer e cutuca Moro no Facebook

Post de Lula no Facebook (Reprodução/Facebook)

Réu em cinco ações penais na Justiça Federal em três diferentes operações, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o inferno astral do presidente Michel Temer com a divulgação, pelo jornal O Globo, da delação da JBS, para cutucar o juiz federal Sergio Moro.

Em sua página no Facebook, Lula postou duas fotos do magistrado, uma em que ele aparece cumprimentando Temer, e outra, em que Moro conversa animadamente com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em um evento.

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Na Folha: A JBS e o nosso capitalismo policial, por Roberto dias

     
Joesley Batista, um dos donos da JBS, na sede da empresa, em São Paulo

Completam-se nesta semana 20 anos que uma empresa com nome de rio brasileiro abriu seu capital na bolsa em Nova York. Batizada originalmente com uma alusão mágica (Cadabra Inc.), ela recebeu antes da oferta de ações o registro que ficaria famoso: Amazon.

À época, a firma não dava um centavo de lucro e acumulava receita de apenas US$ 16 milhões. Seu grande ativo era um fundador obcecado por detalhes competitivos. Jeff Bezos levantou o equivalente a R$ 255 milhões nos dias de hoje. A vida a seguir não teve nada de fácil, mas duas décadas depois a Amazon vale US$ 460 bilhões —o dobro do Walmart, maior varejista do mundo.

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Na Folha: O raio caiu sobre Temer, por Bernardo Mello Franco

O ato falho do apresentador William Bonner, que chamou Michel Temer de ex-presidente na abertura do "Jornal Nacional", reflete a gravidade da nova crise que se instalou sobre o Planalto.

A notícia de que Temer deu aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha deu início a conversas sobre o que parecia quase impossível: a segunda queda de governo em um ano.

A hipótese de afastamento do presidente passou a dominar as rodas no Congresso poucos minutos depois de o jornal "O Globo" revelar a gravação feita pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu.

Se Temer não provar que foi dublado por um imitador de raro talento, sua situação tende a ficar insustentável. Não há registro, na história recente do país, de um flagrante tão grave envolvendo a conduta pessoal de um presidente no cargo.

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Fonte: Folha de S. Paulo

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