DataPoder 360: BOLSONARO (SEM A PRESENÇA DE DORIA NA DISPUTA) ENCOSTA EM LULA

Publicado em 10/05/2017 18:18
Atenção: Marina é o voto possível para 26% (!!!!) // Ciro é o que tem mais rejeição: 56% // Brancos e nulos vão de 24% a 28%

Lula ainda lidera, Bolsonaro e Doria lutam por 2º lugar e Marina e Alckmin caem

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 71 anos, continua na liderança em 2 cenários testados para a eleição presidencial de 2018 em pesquisa nacional do DataPoder360. Atrás do petista estão o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), 62, e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), 59.

Porém, se as eleições fossem hoje, Lula teria até 27% das intenções de voto, e não mais 30% como apontou o Datafolha. E a depender de quem será o candidato do PSDB, o quadro melhora ou piora para o petista.

O levantamento foi realizado nos dias 7 e 8 de maio. Foram entrevistados 2.157 brasileiros e brasileiras com 16 anos de idade ou mais, em 243 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

BOLSONARO SEM DORIA: ENCOSTA EM LULA

No cenário em que Doria não é o candidato dos tucanos, Lula teria 25% das intenções de voto, mas ficaria tecnicamente empatado com Bolsonaro, dentro do limite da margem de erro de 3 pontos percentuais. O conservador tem 21% (na margem, oscila de 18% a 24%; Lula, de 22% a 28%).
 
Uma ressalva importante: é errado dizer que Lula e Bolsonaro cresceram em relação à pesquisa anterior, de abril. É que as variações de ambos se deram dentro da margem de erro. Para saber se há, de fato, crescimento será necessário esperar o levantamento do DataPoder360 de junho.
 
Nesse mesmo cenário, o pré-candidato do PSDB testado foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, 64 anos. O tucano caiu em relação à pesquisa DataPoder360 de abril. Alckmin aparece com 4% agora, contra 8% no mês passado.
 
Além de Alckmin, a pesquisa também registra queda da presidenciável Marina Silva (Rede), 59 anos. Com 11% das intenções de voto em abril, Marina teve apenas 7% em maio. Ciro Gomes, 59, possível candidato do PDT a presidente, manteve os mesmos 5% no cenário com Alckmin, e pontua 6% se o tucano testado é Doria.

COM DORIA, LULA SE ISOLA NA LIDERANÇA

Quando o DataPoder360 coloca João Doria como candidato tucano, há uma diferença relevante. Bolsonaro desliza de 21% para 17%. Fica empatado na margem de erro com o nome do PSDB, que tem 13%. Essa tendência já havia sido detectada pelo DataPoder360 em abril.
 
Eis os 2 cenários para a corrida presidencial testados pelo DataPoder360:
 

CIRO GOMES, O MAIS REJEITADO: 56%

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes tem a maior rejeição entre os principais pré-candidatos a presidente. Segundo o DataPoder360, 56% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum em Ciro.

Em seguida, 2 nomes empatam em rejeição: Lula (54%) e Alckmin (54%). Ambos foram citados recentemente nas delações da Odebrecht, mas a opinião dos eleitores é mais favorável para Lula que para o tucano. Réu em 5 processos, o petista seria o único em quem 24% dos entrevistados gostariam de votar, enquanto apenas 4% têm o governador paulista como opção.

A líder da Rede, Marina Silva, é rejeitada por 53%. A pré-candidata, porém, é considerada 1 voto possível por 26% dos entrevistados. Ninguém tem mais do que ela nesse quesito.

INDECISÃO SOBRE DORIA É DE 22%

A pesquisa DataPoder360 revela que 45% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum no tucano João Doria. É a menor rejeição entre os nomes testados, mas ainda assim é 1 índice alto. Próximo a ele, está Bolsonaro, com 46%.

Ambos também têm pontuação parecida quando considerados como escolhas possíveis aos eleitores. Bolsonaro é uma possibilidade para 22% e Doria, para 21%.

A diferença na disputa entre os 2 pode vir da quantidade de entrevistados indecisos ou que não têm uma opinião formada sobre os possíveis candidatos: 22% de Doria e 14% de Bolsonaro. Isso significa 1 maior potencial de crescimento para o prefeito.

 

Como visto, Ciro Gomes tem a maior rejeição, de 56%, ultrapassando até mesmo Lula, que por sua vez tem 54%. Pois, não que seja surpreendente, os menores índices pertencem aos dois novatos nesse tipo de pleito. O deputado, portanto, tem 46% e o prefeito de São Paulo, 45%. Números aparentemente altos, quando olhados de forma absoluta, mas bem inferiores aos dos concorrentes tradicionais.

É um sinal claro de que a velha política de fato encontra resistência junto ao eleitorado. E sobre isso também falaremos mais adiante.

Info: O levantamento foi realizado nos dias 7 e 8 de maio. Foram entrevistados 2.157 brasileiros e brasileiras com 16 anos de idade ou mais, em 243 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

BRANCOS E NULOS

A quantidade de eleitores que votariam em branco ou nulo permanece alta. No cenário com Alckmin, a taxa oscilou de 25% para 28%, maior do que a quantidade de pessoas que votariam no 1º colocado, Lula, com 25%. Com Doria, o número de eleitores que anulariam ou votariam em branco fica menor: 24% –em abril, eram 26%.

Má fase: Dilma Rousseff não se elegeria nem senadora pelo Rio Grande do Sul, diz pesquisa

O Radar360, ligado ao portal Poder360, capiteneado pelo jornalista Fernando Rodrigues, divulgou há pouco pesquisa nacional, que comentamos em diversos posts. Mas também soltaram uma também pesquisa no Rio Grande do Sul.

Entrevistando 1.508 eleitores de 68 municípios, entre os dias 02 e 05/05, o levantamento traz as intenções de votos para o Senado Federal. Vejam a seguir:

Pois é. Dilma, na quarta colocação, não estaria habilitada – no ano que vem, serão duas vagas. Note-se que ela não é a primeira nem entre os petistas, sendo superada por Paulo Paim.

DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO

Também não é boa a situação da petista quanto a isso. Segue trecho:

“O instituto também perguntou se os eleitores gaúchos consideram verdadeiras as denúncias de corrupção contra a ex-presidente Dilma. 68,3% disseram acreditar nas acusações. Outros 22,7% consideram falsas. E 9,1% não sabem ou não quiseram opinar”

A eleição ainda está distante, mas talvez não seja uma ótima ideia concorrer por lá.

Instituto Paraná: Bolsonaro empata com Lula no Rio Grande do Sul

O Instituto Paraná tem uma má notícia para Lula: se ele fosse candidato a presidente da República, empataria com Jair Bolsonaro no Rio Grande do Sul.

Veja um dos resultados da pesquisa feita entre 2 e 5 de maio:

Jair Bolsonaro 19,4%

Lula 19,4%

Marina Silva 10,9%

Geraldo Alckmin: 9,7%.

(publicado por O Antagonista)

 

ANÁLISE DA MANIFESTAÇÃO PETISTA EM CURITIBA

Apoio reduzido nas ruas reflete limite de Lula (por IGOR GIELOW, da FOLHA)

Bruno Santos/ Folhapress

IGOR GIELOW
DE SÃO PAULO

Luiz Inácio Lula da Silva apostou no embate com o juiz Sergio Moro, que vinha até aqui mordendo as iscas lançadas pela defesa do petista e posicionando-se no imaginário das redes sociais como antípoda do ex-presidente.

As cenas anticlimáticas registradas nas ruas de Curitiba nesta quarta (10), contudo, contaram uma história bem diferente.

Lula fez uma parada para a "photo opportunity" junto ao "povo", uma concentração bem modesta de militantes organizados, políticos petistas e senadores enrolados na Lava Jato que enforcaram a quarta-feira de trabalho.

Nada da presença maciça do "Exército do Stédile", embora o líder do MST lá estivesse com um contingente visivelmente menor do que as dezenas de milhares prometidas em apoio ao ex-presidente. Aqui e ali, manifestantes com camisetas da CUT empunhando faixas; fosse em São Paulo, a presença certa seria de militantes do MTST.

Ainda que Curitiba seja usualmente hostil ao PT, essa associação aos estratos organizados do campo à esquerda parece acompanhar o crescente isolamento de Lula como figura de proa desse canto do espectro político.

Intelectuais e artistas simpáticos ao petismo vêm acumulando críticas ao ex-presidente à medida em que surgem novos relatos da relação de Lula com os malfeitos apurados no petrolão.

Até aqui, esse é um movimento na vanguarda do lulismo, por assim dizer. O ex-presidente segue sendo o político mais popular do país, e as franjas de apoio a Lula no eleitorado permanecem fortes, como a mais recente pesquisa do Datafolha mostrou.

Mas mesmo lá, se lidera todos os cenários de primeiro turno na casa dos 30%, Lula claramente tem os limites para sua postulação estabelecidos: até Moro, que não é candidato a nada, o bate numericamente numa simulação de segunda rodada.

A rejeição de 45% e o fato de que seu eleitorado refluiu no campo da classe média e de maior escolaridade sugerem essa volta de Lula ao nicho de onde saiu.

Como disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em entrevista recente à Folha, Lula parece ter perdido esse eleitor médio que havia conquistado em 2002 com a guinada ao centro e fidelizado com a bonança econômica que marcou seu segundo mandato.

Com público mais limitado, Lula aposta então no discurso de que é perseguido pela Justiça, como seu discurso após o depoimento.

O juiz deu passos em falso, como ao tentar obrigar o ex-presidente a participar de todas as audiências de testemunhas de defesa que seus advogados multiplicaram como forma de protelar o processo.

Os grupos antipetistas que surgiram com força na campanha de 2014 e durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) também colaboraram ao prometer enfrentar fisicamente os apoiadores de Lula em Curitiba.

O fato de o próprio Moro ter pedido, em vídeo divulgado no fim de semana, para que ninguém fosse à capital paranaense, parece ter colaborado para desmobilizar o que prometia ser uma batalha campal. Os protestos pró-Lava Jato foram ínfimos.

Restou a Lula falar a convertidos após levar cinco horas de canseira da Justiça.

Usou um tom emocional e voltou a dizer que está se preparando para ser candidato a presidente na eleição do ano que vem, renovando o discurso do "nós contra eles" a que historicamente se apega em momentos de crise, mas que não lhe garantiu vitórias eleitorais. 

Fonte: DataPoder 360 + FOLHA

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