Governo tem margem muito estreita em plenário para aprovar reforma da Previdência e pode estender cronograma

Publicado em 03/05/2017 06:59

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo já conta com pelo menos 23 votos na comissão especial da reforma da Previdência, mas pode estender o prazo para levar a proposta de emenda à Constituição ao plenário, já que ainda não tem uma margem de segurança para garantir a aprovação, disseram à Reuters fontes palacianas.

"O placar na comissão está razoável. No plenário vai assim que estiver pronto. Não é só levar com votos suficientes para aprovar, precisa ter uma margem de segurança. Até agora a margem está muito estreita", disse uma das fontes.

A conta feita pelo Planalto é que, das ausências durante a votação da reforma trabalhista, cerca de 20 deputados votariam com o governo, o que daria apenas 316 parlamentares, quando o mínimo para aprovação da PEC são 308 votos.

"Estamos ainda em um processo de convencimento. Pode entrar na pauta semana que vem, desde que haja condições", disse a fonte.

A previsão inicial de votar na primeira quinzena de maio era defendida pelo governo até duas semanas atrás. Agora, se fala em aprovar na Câmara até o final de maio.

A votação da reforma trabalhista confirmou para o Planalto que a base "ainda não está pronta".

Nesta terça, o governo começou a demitir indicados de parlamentares da base que foram votaram contra o governo. Cerca de 30 nomes foram afastados, a maioria de cargos médios.

Outros estão sendo mantidos enquanto o Planalto tenta reverter votos, e podem ficar como uma espécie de garantia até a votação da Previdência.

Deputados "retaliados" disseram à Reuters que a estratégia do Planalto é errada e pode prejudicar a votação da Previdência.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Proposta determina ressarcimento a produtor rural em caso de perdas decorrentes da falta de luz
Lula diz não ter decisão sobre nomes para o BC e espera Haddad
BC faz ajustes em segurança do Pix e estabelece junho de 2025 para lançamento de Pix Automático
Kamala chama legado de Biden de "inigualável" conforme lança sua campanha presidencial
Lula diz que governo fará bloqueio orçamentário "sempre que precisar"
Lula se diz assustado com retórica de Maduro e pede respeito a resultado da eleição na Venezuela