Na Folha: Padilha gerenciou propinas nos três últimos governos, relatam delatores

Publicado em 18/04/2017 07:13

Delatores da Odebrecht afirmaram nos depoimentos que o ministro da Casa Civil do governo Michel Temer, Eliseu Padilha, pediu, recebeu e gerenciou propinas e caixa dois durante os últimos três governos federais.

De Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), passando por Lula (2003-2010), até Dilma Rousseff (2011-2016), o atual chefe da Casa Civil foi, de acordo com as delações, o encarregado de arrecadar ao menos R$ 11,5 milhões junto à empreiteira.

Padilha é mencionado por pelo menos seis executivos, que lhe atribuem importância relevante no trato com o grupo baiano e o colocam em exposição maior em relação aos outros sete ministros de Temer que também são alvos de investigação em razão dos depoimentos.

O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, autorizou dois inquéritos para apurar as condutas da Padilha.

Ele é citado como autor de pedidos, cobranças ou recebimentos de propina vinculados a três obras: na Eclusa Lajeado, em Tocantins, na Trensurb, ferrovia do Rio Grande do Sul, e no aeroporto do Galeão, no Rio.

Os delatores afirmam que as solicitações ocorreram como contrapartida por ajuda dada pelo hoje ministro em licitações que consagraram a Odebrecht vencedora.

Em depoimento, Benedicto Junior, ex-presidente de Infraestrutura da empreiteira, disse que Valter Lana, ex-diretor de contratos da empresa, contou do pedido de propina de Padilha relacionado a uma licitação de 2001.

"O executivo (Lana) me disse que foi procurado pelo Eliseu Padilha, que alegou a ele ter ajudado a Odebrecht no processo licitatório [de 2001], portanto fazia jus ao pagamento de 1%", afirmou.

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S.Paulo

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa opera perto da estabilidade com inflação nos EUA no radar
Wall Street abre em baixa após dados de inflação mais altos do que o esperado
Dólar fica vólatil após dados dos EUA enviarem sinais mistos sobre estado da economia
Comércio global pode aumentar 3% em 2025 se conflitos no Oriente Médio forem contidos, diz OMC
Ibovespa abre sem viés claro com inflação nos EUA no radar
Os efeitos da flexibilização monetária dos EUA sobre as commodities