Avanço em reformas leva risco-país e dólar ao menor nível em dois anos
A avaliação de que o governo brasileiro vai aprovar as reformas necessárias para colocar as contas públicas de volta nos eixos, além da melhora do cenário da economia global, levou o dólar e o risco-país para o menor patamar desde meados de 2015.
A moeda americana era cotada nesta quarta-feira (15) a R$ 3,06, o menor valor desde junho de 2015.
Já o CDS, que é um espécie de seguro contra calotes do país, retornou ao nível de maio de 2015, quando o país, sob a gestão de Dilma Rousseff, ainda mantinha o selo de bom pagador concedido pelas agências de avaliação de risco.
O fenômeno da queda do dólar não é apenas brasileiro (outros emergentes, como a Rússia e a África do Sul, também tiveram valorização de suas moedas), mas as mudanças na condução e na articulação política, com a posse de Michel Temer, também contribuíram para que o país fosse visto como menos arriscado pelos investidores.
A posse de Temer como presidente e a aprovação de medidas de ajuste fiscal, como o teto de gastos públicos, deram a investidores a percepção de que o novo governo conta com apoio para aprovar outros projetos mais sensíveis à população (reformas da Previdência e trabalhista, por exemplo), mas capazes de reequilibrar as contas do governo.
"O mercado de tempos em tempos muda o foco. No momento ele não está perguntando se as reformas vão ser suficientes para evitar que a dívida suba", afirma Celso Toledo, diretor de macroeconomia da LCA Consultores.
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