No Brasil, crescimento corre risco em 2017 após dois anos de recessão
RIO - A economia brasileira corre o risco de ficar estagnada em 2017. O mercado prevê expansão de apenas 0,50% este ano, mas já há quem estime estabilidade, uma projeção nada animadora após recessão que representa perda acumulada de mais de 7% nos dois últimos anos.
AS EXPECTATIVAS PARA O PAÍS
O ano de 2016 começou com a perspectiva de continuidade da recessão, mas acreditava-se que o ritmo seria menos intenso do que o de 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços) despencou 3,8%. No início de janeiro, a projeção de recuo em 2016 era de 2,84%. Agora, está em 3,49%. O IBGE vai divulgar os números oficiais do ano passado em 17 de março.
— A economia continua sem forças. A perspectiva de consumo piorou um pouco, o mercado ainda terá uma piora adicional e por mais tempo. É difícil alguma notícia positiva até junho. O mais crítico é o investimento, que poderia reagir além de consumo e setor externo. A indústria não tem razão para investir porque está com enorme capacidade ociosa, e o programa de infraestrutura é pequeno e está atrasado — afirma José Francisco de Lima Gonçalves, professor da FEA/USP e economista-chefe do Banco Fator.
PROJEÇÃO OTIMISTA DE 1,5%
Ele é um dos dois economistas do mercado — ao lado de Nilson Teixeira, do CreditSuisse — que preveem um 2017 sem crescimento. Já o Bradesco espera variação de apenas 0,3%.
Professor do Instituto de Economia da Unicamp, Francisco Lopreato também vê com preocupação o cenário para este ano.
— Depois de dois anos de recessão forte, seria de se esperar uma recuperação pujante da economia brasileira, mas não parece que isso vai ocorrer. A situação política não dá sinais de que vai se estabilizar — alerta Lopreato.
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