Com PT no comando do Senado, líder da oposição fala em adiar PEC do Teto
Minutos após a decisão do ministro Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros da Presidência do Senado, o líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), defendeu nesta segunda-feira (5) o adiamento da conclusão da votação da proposta que congela os gastos federais por 20 anos, prioridade legislativa do governo de Michel Temer em 2016.
Aprovada em primeiro turno no dia 29, a PEC tem a votação em segundo turno marcada para a próxima terça-feira (13), último passo necessário para a sua promulgação.
A análise do projeto de abuso de autoridade também deve ser adiada.
"Vamos levar esse pleito ao novo presidente do Senado, nosso pleito é que ele não coloque para votar", disse Lindbergh, se referindo ao substituto de Renan, o também petista Jorge Viana (AC), primeiro vice-presidente do Senado. "Tenho certeza de que a gente pode impedir a votação desse projeto, que é destruidor para os trabalhadores", acrescentou o líder da oposição.
A primeira reação da base aliada de Temer, porém, é afirmar que o cronograma está mantido, com ou sem Renan. "Não tenho preocupação com a votação da PEC. Houve acordo de todos os líderes, com a participação de todos eles", disse o líder do governo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
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