Banco Central sinaliza interrupção na intervenção do câmbio

Publicado em 23/11/2016 06:10

São Paulo (Reuters) - O Banco Central sinalizou nesta terça-feira que vai parar de atuar no câmbio a partir de quarta-feira, ao não anunciar até o início da noite novos contratos de swaps cambiais.

Desde segunda-feira, o BC tem feito uma intervenção menor no câmbio ao fazer apenas a rolagem dos contratos de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares no mercado futuro, e não colocar novos contratos.

Com a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, o BC aumentou pesadamente a intervenção no câmbio neste mês para conter a desvalorização do real.

A autoridade monetária chegou a coordenar uma ação em conjunto com a do Tesouro Nacional para acalmar o mercado.

Na sessão desta terça-feira, o dólar interrompeu quatro quedas consecutivas e avançou 0,13 por cento, a 3,3565 reais na venda. Nos quatro pregões anteriores, a moeda norte-americana havia cedido 2,58 por cento.

(Luiz Guilherme Gerbelli)

Bovespa fecha em alta de 1,45% e Vale é destaque positivo

 

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou com seu principal índice no azul nesta terça-feira, com o cenário externo mais favorável à tomada de risco e tendo as ações da Vale entre os destaques positivos, em meio à alta nos preços de minério de ferro na China.

O Ibovespa fechou em alta de 1,45 por cento, a 61.954 pontos. No melhor momento da sessão, o índice subiu 2,4 por cento, a 62.549 pontos.

O volume financeiro do pregão somou 8,7 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 9,55 bilhões de reais, mas acima da média diária para o ano, de 7,32 bilhões de reais até a segunda-feira.

O cenário externo mais favorável à tomada de risco, em meio à alta de algumas commodities e queda nos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos, ajudou o Ibovespa a manter o tom positivo da véspera e continuar buscando a recuperação de patamares perdidos após a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, que levou a uma forte volatilidade nos mercados.

O alívio no exterior se sobrepôs a receios sobre eventuais desdobramentos envolvendo o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que será investigado pela Comissão de Ética da Presidência República devido a acusações de que Geddel pressionou o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, pela liberação de um empreendimento imobiliário em Salvador.

DESTAQUES

- VALE PNA subiu 6,15 por cento e VALE ON teve alta de 7,51 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, em sessão marcada pela alta nos preços do minério de ferro.

- CSN avançou 4,62 por cento, enquanto GERDAU PN subiu 4,22 por cento e USIMINAS PNA teve alta de 2,93 por cento, em meio à alta nos preços do aço e matérias-primas na China nesta terça-feira.

- PETROBRAS PN subiu 2,25 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,49 por cento, ampliando as altas da véspera, quando as ações PN subiram mais de 7 por cento, apesar de sessão volátil nos preços do petróleo no mercado internacional, que fecharam sem direção única. [O/N]

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA avançou 5,49 por cento e FIBRIA subiu 4,24 por cento. No radar estavam reajustes dos preços da tonelada de celulose vendida para a Ásia por ambas em 20 dólares a partir de dezembro.

- EMBRAER caiu 3,77 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa. O UBS cortou a recomendação para as ADRs da fabricante brasileira de aviões para venda ante neutra e cortou o preço-alvo para 19 dólares ante 28 dólares.

Fonte: Reuters

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