Bovespa avança 1,46% e fecha na máxima desde abril, com cena externa e Petrobras
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira, na maior cotação desde o final de abril, guiado por ações da Petrobras e do setor elétrico, tendo como pano de fundo o cenário externo favorável e o rico noticiário corporativo local.
O Ibovespa subiu 1,54 por cento, a 53.960 pontos. Trata-se do maior patamar desde 28 de abril. Na máxima desta segunda-feira, o índice superou 54 mil pontos. O volume financeiro somou 6,2 bilhões de reais.
Em Wall Street, o índice acionário S&P 500 fechou em alta de 0,34 por cento, na máxima histórica de fechamento, conforme uma série de dados econômicos otimistas e baixo retorno de títulos de dívida continuaram direcionando investidores para as ações.
Os preços do petróleo fecharam em queda, após uma manhã volátil, pressionado o índice Thomson Reuters Commodities Research Bureau, que cedeu 0,25 por cento no final da sessão.
DESTAQUES
- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 5,28 por cento e as ordinárias com ganho de 4,8 por cento, apesar da piora do petróleo, com dados de produção da companhia no mês passado no radar. Para o Itaú BBA, é viável a Petrobras cumprir sua meta para o ano. O mesmo Itaú BBA elevou a recomendação das ações PN da Petrobras para "outperform", com novo preço-alvo de 14 reais.
- CEMIG saltou 9,76 por cento, com as companhias elétricas novamente avançando forte na Bovespa, diante do cenário mais positivo ao setor, com potenciais aquisições e fusões, em particular venda de ativos por empresas estatais. A perpectiva de queda dos juros no país também favorece o setor elétrico. A ELETROBRAS, que não está no Ibovespa, fechou com alta de 8,43 por cento nas ações ordinárias.
- VALE encerrou com as preferenciais com elevação de 3,69 por cento e as ordinárias valorizando-se 4,14 por cento, acompanhando o movimento de outras mineradoras no exterior.
- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES subiu 3,49 por cento, após o seu Conselho de Administração aprovar proposta de compra pela concorrente maior KROTON EDUCACIONAL, que fechou estável. Os papéis perderam o fôlego em relação ao movimento da manhã, quando Estácio saltou quase 7 por cento e Kroton avançou 2,6 por cento.
- BR MALLS caiu 3,18 por cento, na ponta negativa do Ibovespa. Um profissional do mercado citou vendas por locais e também de um "hedge fund".
- GOL, que não está no Ibovespa, ganhou 4,52 por cento, tendo como pano de fundo sinalização do governo brasileiro de que insistirá no fim ao limite a investidores estrangeiros nas companhias aéreas no país.O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, disse à Reuters que o governo vê como prioridade a reapresentação ao Congresso Nacional de proposta que derrube a restrição à participação de estrangeiro nas aéreas brasileiras.
- PDG BRAZIL REALTY, que também está de fora do Ibovespa, saltou 15,25 por cento e com volume forte, mas operadores não souberam citar uma razão específica para a alta, que já se estende por quatro pregões. Na sexta-feira, a ação já havia subido forte, encerrando com ganho de 10,6 por cento.