Temer pede agenda positiva para governo em 15 dias

Publicado em 23/06/2016 07:30

Em busca de melhorar o ambiente econômico antes do julgamento final do impeachment, o presidente interino, Michel Temer, encomendou à equipe medidas econômicas que lancem uma agenda positiva em 15 dias.

Entre elas, devem estar a diminuição das restrições para que estrangeiros comprem terras no Brasil, a profissionalização das agências reguladoras e a renovação de concessões com compromisso de novos investimentos.

A encomenda foi feita na primeira reunião do que o presidente interino está chamando de seu "comitê econômico" –que reúne os ministros da Fazenda e do Planejamento e os de Relações Exteriores, Agricultura, Comunicações, Transportes e Minas e Energia.

CONTRA UM REVÉS

Temer avalia que precisa melhorar a confiança na economia para consolidar sua posição no governo e evitar surpresas no julgamento do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Segundo assessores, uma garantia de retomada evitará que senadores que atualmente se declaram indecisos acabem votando contra o afastamento definitivo de Dilma.

O presidente avaliou ainda que, neste momento, a bola está totalmente com o governo, já que investidores estrangeiros têm dado recados de que, embora confiem na equipe econômica, pretendem esperar a definição do cenário político para retomar investimentos no país.

PROPRIEDADE DA TERRA

Ao defender a venda de terras a estrangeiros, o ministro Blairo Maggi (Agricultura) afirmou que a medida vai impulsionar ainda mais os investimentos no setor agropecuário no país e que não fazia sentido ser contra ela.

No campo da renovação de concessões, a idea é destravar rapidamente obras que já estão engatilhadas e poderiam ter feito imediato sobre o desemprego,

RISCO JURÍDICO

Após a reunião, o ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) disse que "as medidas a serem propostas devem ser de cunho mais regulatório, de regras estabilizadoras que permitam maior competição e tornem as decisões econômicas mais previsíveis".

É nesse capítulo que podem entrar novas regras decomposição e governança das agências reguladoras.

A ideia é também mostrar que o governo Temer não está limitado apenas à agenda de equilíbrio das contas públicas (controle fiscal), afirmou o ministro.

Segundo Oliveira, o governo está preocupado também com questões sobre a liquidez (falta de de recursos e crédito) no setor privado e podem ser avaliadas medidas nessa área. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S.Paulo

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