Blairo Maggi filia-se ao PP para assumir Agricultura em governo Temer

Publicado em 11/05/2016 17:43

BRASÍLIA (Reuters) - O senador Blairo Maggi (MT) filiou-se ao PP nesta quarta-feira para assumir o Ministério da Agricultura no cada vez mais próximo governo do vice-presidente Michel Temer.

O ato oficial de filiação ocorreu na liderança do PP na Câmara dos Deputados, enquanto no outro lado do Congresso senadores debatiam na sessão de votação da instauração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que deve resultar no afastamento da petista por até 180 dias.

Questionado, sobre o que falta para tornar-se ministro da Agricultura, Maggi disse a repórteres que apenas “ter o presidente e a nomeação”.

O senador, que deixou o PR para se filiar ao PP, afirmou a jornalistas que confirmada sua nomeação para o posto, defenderá a ampliação do prazo para que pequenos e grandes proprietários façam o Cadastro Ambiental Rural (CAR), e a redução de custos para os produtores.

Maggi disse ainda que é importante “fazer com que o produtor mantenha sua renda”.

Na semana passada, o senador afirmou que havia sido convidado pelo PP para ser o ministro da Agricultura num governo comandado por Temer e aceitou a “missão”.

“Fui convidado pelo Partido Progressista para assumir o Ministério da Agricultura. Aceitei, falta oficialização do futuro presidente Michel Temer”, disse Blairo no Twitter.

Grande produtor de soja, Blairo, gaúcho radicado no Mato Grosso, foi governador do Estado por dois mandatos e é senador desde 2011.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

 

Blairo Maggi se filia ao PP e já traça planos para Agricultura (na FOLHA)

Embora o Senado ainda não tenha começado a votar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o senador Blairo Maggi (PP-MT) já anunciou nesta quarta-feira parte dos seus planos para o Ministério da Agricultura, cadeira que ocupará caso Michel Temer (PMDB) assuma o Palácio do Planalto.

Maggi, que estava no PR, falou com a imprensa no ato em que anunciou sua filiação ao PP, na liderança do partido na Câmara. A mudança de legenda era a condição para que fosse oescolhido para comandar a Agricultura do eventual governo peemedebista.

Frequentemente cotado para a Pasta durante as ondas de especulação de reformas ministeriais, ele explicou por que decidiu aceitar o convite para tocar o ministério que atualmente está nas mãos da também senadora a Katia Abreu (PMDB).

"São nessas horas de crise que devemos nos apresentar. Antes de ser convidado, pensei que, se nesse momento for convidado a prestar os meus serviços e conhecimentos para o Brasil sair da crise, estou à disposição", afirmou.

Ao analisar a gestão da atual ministra, Maggi disse que "foi um bom trabalho".

"Kátia Abreu fez avanços no Ministério, e espero aproveitar todos. Não podemos achar que vamos construir uma casa a partir do telhado. Todas as casas têm base, meio e fim. Pretendo continuar os trabalhos feitos", avaliou o senador.

O novo quadro do PP deu inclusive qual será o Norte da Agricultura sob sua batuta: "Prioridade é cuidar dos produtores agrícolas e não deixar esse setor, o mais importante da economia, que ainda está bem, cair numa descendente onde a crise e o desemprego imperam".

Ao final, foi instado a falar sobre a data de sua posse como um dos titulares da Esplanada de Temer: "Provavelmente, amanhã", previu Maggi.

MARANHÃO

Embora a rápida cerimônia de filiação tenha ocorrido na Câmara, o presidente da Casa e correligionário de Maggi, Waldir Maranhão, não apareceu. Pressionado para renunciar, ele permaneceu em seu gabinete.

Quando questionado se era uma ausência sentida, Blairo Maggi foi objetivo: "Não sei, eu não o conheço", explicou. 

Fonte: Reuters + FOLHA

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