O Globo: Renan vai rejeitar decisão de anular impeachment dada por interino da Câmara
BRASÍLIA — O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a senadores que rejeitará o pedido do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão, que anulou a aprovação do impeachment pela Câmara e pediu que o Senado devolvesse o processo. Ele irá ao Senado anunciar sua decisão em plenário. Sua chegada estava prevista para 16h. O Senado já abriu a sessão desta segunda-feira, ainda sem nenhuma decisão tomada sobre o andamento do processo de impeachment.
Renan ficou sabendo da decisão de Maranhão ao desembarcar em Brasília e ficou "estupefato", segundo senadores que se reuniram com ele. Renan esteve com o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Presidente do PMDB, Romero Jucá classificou a decisão de Maranhão como "patetada" e "esdrúxula". O senador não quis informar qual será a decisão de Renan, mas defendeu que o Senado mantenha o processo, alegando que ele é "correto juridicamente e equilibrado politicamente".
— O presidente Renan virá dizer sua posição. Mas eu defendo que o processo continue. Foi uma decisão esdrúxula. Não é por causa de uma patetada e uma decisão esdrúxula que vamos mudar o nosso rito. Foram três patetas, vamos saber quem são até o final do dia — disse Jucá.
Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo.
Leia também:
>> Confusão no processo de impeachment e mercado financeiro reage com nervosismo
Na Veja: Renan decide ignorar Maranhão e seguir com impeachment
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na tarde desta segunda-feira a senadores que participaram da reunião de emergência convocada por ele que dará prosseguimento ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussett, ignorando a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
A avaliação de Renan, conforme relatos dos parlamentares presentes ao encontro, é de que o ato de Maranhão foi "ilegal" e "intempestivo". Ele disse ainda aos senadores que a Câmara não poderia tomar a decisão de anular a sessão em que 367 deputados deram aval ao prosseguimento do processo de impeachment para o Senado quase 30 dias após a votação da admissibilidade - muito menos quando o Senado está prestes a deliberar sobre o tema. "O presidente do Senado disse que é uma decisão contra a qual não caberia recurso quase 30 dias depois. Isso deveria ter sido analisado 48 horas após a sessão", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao deixar a reunião emergencial.
Leia a notícia na íntegra no site da Veja.
Na Folha: Renan manterá cronograma do impeachment, dizem senadores
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta segunda-feira (9), de acordo com senadores, que irá manter o cronograma do processo de impeachment no Senado por considerar que a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação do caso na Câmara foi "ilegal".
"Tudo indica que a decisão de Renan será pela leitura do relatório [nesta segunda]. O presidente está convencido que a decisão do presidente da Câmara foi ilegal e intempestiva", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Renan deixou sua casa às 16h, e, segundo senadores, pretende anunciar sua decisão de manter rito do impeachment e ler a aprovação do relatório votado na comissão especial.
Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.
Na Veja:
Temer classifica decisão de Maranhão como ‘atitude desesperada’
Às vésperas da votação do impeachment e da decisão que pode levá-lo ao posto máximo da administração pública, o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) classificou como uma "atitude desesperada" do governo utilizar o presidente interino da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA) para tentar anular o processo de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff. O vice, que discute arremates finais para a montagem de sua equipe de governo, está no Palácio do Jaburu, residência oficial em Brasília. (Laryssa Borges, de Brasília)
Rosa Weber arquiva recurso contra decisão de Maranhão
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber arquivou, sem analisar o mérito, um recurso impetrado na tarde desta segunda-feira para barrar a decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou as sessões da Câmara que autorizaram a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. No despacho, Rosa não conhece a ação e indefere o pedido de liminar. Ela argumenta que o autor do mandado de segurança, um advogado de Santa Catarina, não é parte legítima para questionar um ato da direção da Câmara. "A legitimidade ativa para impugnação de atos de natureza puramente legislativa é (...) concedida apenas aos próprios parlamentares, a partir de construção jurisprudencial desenvolvida por esta Suprema Corte", disse. Partidos de oposição já preparam recursos ao Supremo Tribunal Federal. (Marcela Mattos, de Brasília)