Na Folha: Banco Central não vê espaço para cortar taxa de juros agora
O Banco Central deu sinais de que a taxa básica de juros, que está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado, não cairá nos próximos meses, mas poderá ser reduzida no segundo semestre.
Para a instituição, o pior do tarifaço e da disparada do dólar já passou. Mas, com o governo gastando além do que pode, a inflação tende a continuar elevada, o que coloca em risco o cumprimento das metas para 2016 e 2017.
O BC divulgou nesta quintafeira (5) a ata sobre a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada, na qual explica a decisão de não mexer nos juros e sinaliza suas intenções daqui para a frente.
As apostas no mercado são de que os juros só devem cair a partir da reunião no fim de agosto, apesar da perspectiva de mudança de governo.
O Copom volta a se reunir nos dias 7 e 8 de junho, provavelmente ainda sob o comando de Alexandre Tombini, devido ao tempo necessário para aprovação, pelo Senado, de um novo presidente para o BC em um eventual governo Michel Temer.
Mesmo que outros diretores sejam trocados ao longo do ano, é pouco provável que haja uma guinada na política monetária, segundo avaliação de parte do mercado e da equipe econômica atual.
Na ata divulgada nesta quinta, o BC afirma reconhecer os avanços na política de combate à inflação. Diz, no entanto, que o nível elevado da inflação em 12 meses e as projeções de mercado ainda distantes das metas "não oferecem espaço para flexibilização da política monetária."
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