Recuo de Temer em organização de eventual governo revela troca de pastas por apoio
RIO — Os recuos do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) na organização de seu eventual governo são vistos por economistas e cientistas políticos como parte do jogo na busca de aliados. Porém, a fragmentação do sistema partidário brasileiro tem levado o sistema de presidencialismo de coalizão ao limite, tamanha a oferta de cargos em troca de apoio para assegurar a governabilidade, alertam os especialistas.
— Não é muito surpreendente tratando-se de PMDB, que sempre trabalhou com a lógica de acordo pragmático em torno de cargos — observa o cientista político Carlos Ranulfo, da UFMG.
Temer tinha a intenção de reduzir o número de ministérios dos atuais 31 para cerca de 20. Mas, em entrevista ao colunista do GLOBO Lauro Jardim e ao repórter Guilherme Amado, admitiu que o corte seria em torno de três, para acomodar aliados.
— A gente vive um presidencialismo de coalizão num sistema partidário muito fragmentado. Esse número alto de ministérios não é à toa — enfatiza o cientista político Cláudio Couto, da FGV.
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