Grupo de Temer pressiona Renan a adotar ‘padrão Collor’ e agilizar afastamento de Dilma

Publicado em 14/04/2016 07:27

Padrão Collor Pressionado pela oposição a imprimir na tramitação do impeachment de Dilma Rousseff o ritmo do processo contra Fernando Collor — quando o Senado demorou três dias para abrir a ação desde a votação na Câmara — Renan Calheiros (PMDB­AL) disse a líderes que “não manchará sua biografia” com o caso. O PSDB indicará o senador Antonio Anastasia (MG) para presidir a comissão. Eunicio Oliveira, nome do PMDB para a relatoria, esteve na terça por duas horas com o vice Michel Temer.

Favas contadas Já circula no Senado um calendário do impeachment produzido pela consultoria da Casa — ainda não subscrito por Renan. A decisão sobre a saída de Dilma seria em 11 de maio.

Desapego Um lulista graúdo traduz o “pacto” sugerido por Dilma nesta quarta: se escapar do impeachment, ela poderia propor eleição direta para presidente e vice em outubro, além de reformas para o país. A ideia ganha mais e mais adeptos no governo.

Vem na minha Aos deputados que o visitam Temer promete interlocução direta com a Câmara. Repete que já foi presidente da Casa três vezes e que tem autoridade para circular no Congresso.

Agente duplo Ciro Nogueira, presidente do PP, começou a frequentar o Palácio do Jaburu já na segunda, quando o partido ainda não havia desembarcado.

O caos Ministros do Planalto estão batendo cabeça. Deputados reclamam de negociar com um emissário de Dilma de manhã e serem chamados para tratar do mesmo assunto por outro à tarde.

Olhar triste Auxiliares próximos da presidente notam nela um sinal que não é de raiva, mas de profunda decepção. Ainda assim, Dilma está “firme e serena”, disse Carlos Araújo, ex­marido. “Ela cresce na adversidade.” 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

O Globo: No Senado, já existe maioria favorável ao processo de impeachment

Levantamento feito pelo GLOBO na quarta-feira mostra que já há votos suficientes no Senado para dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, caso o plenário da Câmara dê parecer favorável, em votação no domingo, ao impedimento da petista. Já são 43 os senadores que se manifestaram pelo impeachment, enquanto 18 se disseram contrários. Os 20 restantes estão indecisos ou não quiserem informar seu posicionamento.

O número supera a maioria absoluta da Casa (41 senadores). Para que o Senado dê início ao processo e Dilma seja afastada por 180 dias, é necessária apenas maioria simples — metade mais um dos senadores presentes em plenário. A votação final, para destituir a presidente, requer dois terços da Casa.

A maioria dos 20 senadores que não quiseram declarar voto ou se disseram indecisos é do PMDB, que desembarcou do governo mas ainda não encaminhou oficialmente uma posição sobre o impeachment. Entre eles, estão caciques do partido, como Edison Lobão (MA), Eunício Oliveira (CE), Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL). Apenas dois peemedebistas são contrários ao impeachment: João Alberto Souza (MA) e Roberto Requião (PR).

Quem também se declarou indeciso foi Walter Pinheiro (sem partido-BA), recém-saído do PT. O partido, com 11 senadores, e o PCdoB e a Rede, com um cada, são os únicos que integralmente apoiam Dilma. PSDB e DEM, que juntos têm 15 senadores, votam fechados pelo impedimento.

Leia a notícia na íntegra no site O Globo.

 

Fonte: Folha de S.Paulo + O Globo

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