"A economia se fortalecerá após a Lava Jato", diz diretor do FMI
O momento político no Brasil é crítico e a recessão, a mais severa desde o início da década de 30. Mas, nos escombros dessa crise, o país pode encontrar elementos para se fazer atrativo para investidores externos, diz Otaviano Canuto, diretor brasileiro do Fundo Monetário Internacional (FMI). Um desdobramento da Operação Lava Jato, afirma ele em entrevista exclusiva ao site de VEJA, pode ser uma economia mais transparente, eficiente e com mais concorrência. "O desmonte dos esquemas de corrupção amplia a competição entre as empresas que atuam com o poder público", avalia. "O noticiário, hoje, é negativo, mas analistas mais experientes estão entusiasmados. O país está abrindo a chaga ao sol."
Canuto será uma das autoridades presentes à reunião de primavera do FMI, que começa na próxima quarta-feira em Washington. O encontro discutirá, entre outros temas, a perda de força do crescimento global - e o Brasil, claro, é um dos fatores para a freada.
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