PP fica na base governista até votação do impeachment na Câmara
O presidente nacional do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira (PI), anunciou nesta quarta-feira que a legenda, que tem 48 deputados e seis senadores, permanecerá na base aliada do governo Dilma Rousseff pelo menos até o final da votação do processo de impeachment da petista na Câmara dos Deputados. A decisão foi oficializada depois que dissidentes do partido não conseguiram apoio suficiente para forçar o PP a abandonar o grupo de siglas que dão sustentação ao Palácio do Planalto.
Entre os pepistas, partido fartamente representado nas investigações da Operação Lava Jato, 24 deputados e senadores haviam assinado pedido para rompimento com o governo, mas um levantamento preliminar da agremiação chegou ao veredicto de que dos 57 votantes em uma eventual reunião do diretório, mais de 40 deles queriam ficar no governo. Com o panorama amplamente favorável à manutenção da legenda na base governista, a avaliação foi de que não era mais necessário levar o desembarque do governo à votação.
"Se os dissidentes tivessem número para desembarcar, teria a reunião, mas nunca houve maioria. O PP fica na base até o final da votação do impeachment", disse Ciro Nogueira, ele próprio um dos alvos de inquérito na Lava Jato.
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