Na Folha: Dilma diz que só discute nova eleição se Congresso abrir mão de mandatos

Publicado em 05/04/2016 14:59

Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (5), a presidente Dilma Rousseff fez uma provocação em relação à proposta do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) de realizar novas eleições presidenciais neste ano, o que tem sido defendido também por parlamentares do PSB, PPS e Rede.

A presidente disse nem rechaçar nem aceitar a iniciativa, mas ressaltou que só discutirá o assunto quando tanto a Câmara dos Deputados como o Senado aceitarem também participar de um processo eleitoral antecipado.

"Convence a Câmara e o Senado de abrirem mão de seus mandatos. Aí, vem conversar comigo", disse Dilma.

Ela avaliou ainda como "lamentável" a tentativa de transformar as chamadas "pedaladas fiscais" em motivo para impeachment. Segundo a presidente, esse argumento transforma o processo em uma tentativa de golpe.

Ela lembrou que os veículos de comunicação noticiaram que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment no mesmo dia em que a bancada petista decidiu votar favoravelmente relatório que pedia o prosseguimento do processo de cassação do mandato dele.

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Na Veja: Dilma confirma que só fará reforma ministerial após a votação do impeachment

A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta terça-feira que não fará nenhuma mudança nos cargos ministeriais antes da votação do processo de impeachment que corre na Câmara dos Deputados. Cauteloso, o governo pretende "amarrar" a nomeação aos cargos deixados pelo PMDB aos votos contrários ao impeachment, evitando, assim, traições na hora que o processo for levado a plenário.

"O Palácio do Planalto não está pretendendo transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não iremos mexer em nada", disse a presidente, em coletiva de imprensa, após visitar a Base Aérea de Brasília, onde conheceu o novo cargueiro da Aeronáutica.

Ao mesmo tempo em que o governo quer garantir que o sepultamento do impeachment, os partidos do chamado centrão (PP, PSD, PR, PRB), que devem ser agraciados com os cargos, não querem se comprometer perante a opinião pública, caso a presidente caia no meio do caminho. Portanto, também só pretendem assumir os postos depois da votação do processo de deposição.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja

Fonte: Folha de S. Paulo

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