Dólar opera em alta, acima de R$ 3,60 na manhã desta 2ª feira

Publicado em 21/03/2016 10:34

O dólar opera em alta nesta segunda-feira (21), após o Banco Central anunciar leilão de swap cambial reverso para esta sessão, em um momento em que a moeda norte-americana vem recuando com força em meio à crise política no país. Na sexta, fechou abaixo de R$ 3,60, na menor cotação desde agosto de 2015, diante de expectativas cada vez mais fortes de que o governo da presidente Dilma Rousseff estaria chegando ao fim.

Às 10h20, a moeda norte-americana subia 1,34%, vendida a R$ 3,6299.  

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 1,23%, a R$ 3,6259.
Às 9h39, alta de 1,76%, a R$ 3,6448.
Às 10h, alta de 1,81%, a R$ 3,6468.

Na sexta, o dólar fechou o dia vendido a R$ 3,5817, em queda de 1,96%. É o menor valor de fechamento desde  27 de agosto de 2015, quando terminou o dia a R$ 3,5528.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Dólar sobe cerca de 1,5%, em direção a R$3,65, após intervenção do BC

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava cerca de 1,5 por cento e se aproximava de 3,65 reais nesta segunda-feira, após o Banco Central anunciar para esta sessão leilão de até 20 mil swaps cambiais reversos, equivalentes à compra futura de até 1 bilhão de dólares, após a moeda norte-americana perder mais de 10 por cento neste mês.

Às 10:51, o dólar avançava 1,36 por cento, a 3,6305 reais na venda, sendo que na máxima do dia, chegou a 3,6494 reais. Até o pregão passado, a moeda havia recuado 10,54 por cento no acumulado de março.

O dólar futuro, que havia reagido após o fechamento do mercado a vista depois de o BC fazer pesquisa de demanda por swaps reversos, avançava cerca de 0,15 por cento.

"O BC identificou nas mesas que o pessoal estava vendendo muito no mercado futuro e esse leilão dá conta dessa demanda. É uma válvula de escape", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

O BC fará entre 12:10 e 12:20 leilão de até 20 mil swaps cambiais reversos, divulgando o resultado a partir das 12:30.

A atuação foi entendida no mercado como uma porta de saída rápida para investidores que haviam apostado na alta da moeda norte-americana e foram pegos de surpresa pelo tombo recente, além de corrigir distorções no mercado causadas pela euforia política e que causaram fortes quedas na moeda.

As vendas de dólares no mercado futuro, combinadas com as saídas de dólares no mercado à vista, pressionaram o cupom cambial, taxa de juros em dólar no mercado brasileiro, a níveis considerados exagerados por muitos investidores.

A taxa de três meses ficou em 3,46 por cento na sexta-feira, perto dos níveis vistos no início de março, quando o BC anunciou leilão de venda de dólares com compromisso de recompra para, na opinião de operadores, corrigir distorções. Nesta sessão, a máxima foi de 3,25 por cento.

Alguns operadores discutiam ainda a possibilidade de o BC ter como fim evitar cotações voláteis e muito baixas do dólar, que prejudicariam exportadores.

A operação vem no momento em que a crise política alimenta apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff, algo que muitos operadores entendem como possível primeiro passo para a recuperação da economia brasileira.

Em particular, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de suspender a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil era vista positivamente nas mesas. Pesquisa do Datafolha mostrando amplo apoio ao impeachment de Dilma também corroborava o humor.

"O mercado está operando política, o que significa que a volatilidade vai ser bastante elevada por tempo. O BC está em uma situação difícil", disse o operador Marcos Trabbold, da corretora B&T.

O BC também fará mais leilão de rolagem dos swaps tradicionais que vencem em abril, equivalente a 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 3,6 mil contratos que representam venda de dólares no mercado futuro.

Pesquisa Reuters publicada na quinta-feira mostrou que, pela mediana do mercado, o dólar pode ir a 4,25 ou a 3,50 reais neste ano dependendo do desfecho político.

(Por Bruno Federowski)

Fonte: G1 + Reuters

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