Na Folha: Ex-assessor de Lula diz que engenheiro da Odebrecht pagou obras em sítio

Publicado em 17/03/2016 14:01

Um ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou à força tarefa da Operação Lava Jatoque recebeu dinheiro do engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa para pagar as despesas das obras realizadas no fim de 2010 no sítio em Atibaia (SP) que é frequentado pelo ex-presidente e sua família. Os trabalhos na propriedade rural foram iniciados a partir de outubro de 2010, quando Lula ainda ocupava a Presidência da República.

O depoimento foi dado à força tarefa por Rogério Aurélio Pimentel, que em 2010 era assessor pessoal do ex-presidente Lula. A afirmação de Pimentel contradiz o testemunho do engenheiro da Odebrecht citado por ele.
Frederico Barbosa disse aos procuradores da Lava Jato que Pimentel era quem "disponibilizava recursos para pagar despesas imediatas com prestadores de serviço".

A oitiva de Pimentel reforça os indícios de que a Odebrecht bancou grande parte das obras no sítio usado pelo ex-presidente e sua família.

Segundo o então assessor de Lula, por duas vezes ele recebeu envelopes lacrados com dinheiro das mãos de Barbosa e levou para um depósito de materiais de construção a fim de pagar por produtos adquiridos para uso no sítio.

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EXCLUSIVO NA VEJA: Minuta de contrato de 2012 mostra que sítio de Atibaia seria transferido para Lula

Na operação de busca realizada pela Polícia Federal no dia 4 de março, durante a 24ª fase da Operação Lava-Jato, os investigadores da Operação Lava-Jato encontraram a minuta de um contrato de compra e venda (clique para ler o documento em PDF) no qual Fernando Bittar -- dono no papel do sítio de Atibaia frequentado pelo ex-presidente Lula e reformado por empreiteiras do petrolão - transfere a propriedade para o petista e sua mulher, Marisa Letícia.

Na minuta, não assinada, Fernando Bittar repassa a propriedade para Lula e Marisa pelo valor de 800 000 reais.

O documento foi localizado pela Polícia Federal durante as buscas no apartamento de Lula em São Bernardo. Pelo texto, Lula se comprometia a pagar pelo sítio 200 000 reais de entrada, no ato da compra, e quitar o restante da dívida com Bittar em três parcelas iguais de 200 000 reais.

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Diretor da OAS sobre o tríplex e o sítio: 'O presidente pediu e eu fiz'

Em uma das ligações interceptadas, o diretor da OAS Paulo Gordinho, encarregado de resolver a reforma e comprar os móveis para o sítio de Atibaia e o tríplex do Guarujá, fala sobre o assunto. Diz a Polícia Federal: "Na referida ligação, resta-se claro que realmente os serviços/reformas nos imóveis objeto de investigação nesta Operação Lava Jato, foram prestados/realizadas pelo engenheiro da Construtora OAS em favor do senhor Luiz Inácio Lula da Silva".

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Bumlai tratava sítio em Atibaia como ‘de Lula’, diz Delcídio

Senador disse que pecuarista tinha como função “resolver os problemas da família de Lula”

Preso na Operação Lava Jato por suspeitas de integrar o esquema de corrupção instalado na Petrobras, o pecuarista José Carlos Bumlai se referia ao "sítio de Lula" quando avisava que visitaria o imóvel em Atibaia alvo de investigações do petrolão. Os ex-presidente petista insiste em negar ser o proprietário da área, embora investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal indiquem que Lula comprou duas propriedades em Atibaia e utilizou interpostas pessoas para mascarar a real aquisição dos imóveis.

Segundo o Ministério Público Federal, em 2010 o petista comprou dois sítios por 1,539 milhão de reais, sendo que existem "fortes indícios" de que as empreiteiras OAS e Odebrecht, já investigadas na Lava Jato, e o amigo Bumlai tenham arcado com 770.000 reais para a transação. Conforme VEJA revelou em abril de 2015, Lula era frequentador assíduo do sítio, cuja reforma foi bancada pela empreiteira OAS a pedido do ex-presidente.

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Fonte: Folha + Veja

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