Na Folha de S. Paulo: Denúncia de Delcídio atinge última cartada para tentar salvar o governo, por Igor Gielow
A revelação de que o governo Dilma Rousseff tentou comprar o silêncio de Delcídio do Amaral (PTMS), segundo a descrição do acordo de delação premiada do senador, implodiu o roteiro previsto pelo Planalto para tentar salvar o mandato da presidente e o projeto de poder do PT.
Segundo o planejado, Dilma abdicaria na prática da Presidência em favor de um Luiz Inácio Lula da Silva investido da condição de superministro. O acordo estava praticamente pronto para ser fechado nesta terça (15).
Lula buscaria remendar as pontes políticas com o PMDB e, por extensão, com a miríade de partidos médios que também seguem o cheiro de sangue em Brasília.
Na outra ponta, o petista comandaria ou diretamente ou por meio de um novo ministro da Fazenda uma inflexão na política econômica –que, de resto, mais assusta do que anima os mercados devido às tentações populistas e perdulárias típicas do petismo em crise.
O governo está paralisado pela gravidade da acusação de que o ministro Aloizio Mercadante teria ofertado dinheiro para Delcídio moderar o tom de sua delação.
Mercadante não é só o ministro da Educação, é um homem de confiança de Dilma e do PT, ainda que tenha um histórico turbulento na relação com ambos.
Como sempre, é preciso que tudo isso seja exposto ao contraditório e apurado antes de serem feitos juízos. Mas o impacto político é enorme, não menos porque Delcídio não é um líder obscuro de um partido lateral, mas exintegrante do coração do grupo que está no
poder.
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