"Dilma fez cortesia com chapéu alheio", diz Caiado ao protocolar representação contra visita a Lula
O líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), protocolou nesta segunda-feira (8/3), na Procuradoria-Geral da República, representação contra a presidente da República, Dilma Rousseff e o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, por improbidade administrativa, conforme o artigo 1º da Lei 8.492/92. A ação foi feita em conjunto com o líder do partido na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM).
O parlamentar pede investigação pelo prejuízo causado aos cofres públicos pela utilização da estrutura do Estado para visitar o ex-presidente Lula, no último sábado 5/3, com fins claramente político-partidários. A viagem ocorreu logo após o depoimento de Lula pela 24ª fase da Operação Lava-Jato.
"Dilma fez cortesia com o chapéu alheio. A sociedade jamais espera que uma presidente, na liturgia do cargo, vá prestar apoio a alguém que faz uma declaração afrontosa à Justiça e outras instituições da democracia. E usando dinheiro público, o que é mais absurdo", protestou caiado.
Além do deslocamento, Dilma Rousseff utilizou seguranças, motoristas, profissionais de saúde e pessoas de apoio que estão a serviço do Estado para realizar a viagem. Caiada ressalta na representação que houve uma "patente mistura de suas funções institucionais com relações visivelmente privadas". Dilma ainda valeu-se de aviões, helicópteros e carros oficiais para chegar ao apartamento do ex-
presidente.
"Ida de Dilma foi uma decisão de ordem pessoal, ideológica. Impactou negativamente pois ela, na figura de presidente, prestou apoio a uma pessoa que está sendo investigada na Lava Jato e que desrespeita decisão judicial. Depois de todos os absurdos que Lula diz, a presidente vai lá prestar solidariedade?", questiona o democrata
Incitação
O senador Ronaldo Caiado repudiou também o comportamento da presidente que validou a incitação que Lula tem feito à militância para ir às ruas contra instituições da democracia.
"Pior foi sua atitude de aparecer com Lula incitando a militância, estimulando comportamento de confronto, desobediência civil e desrespeito às normas jurídicas. Ao sinalizar, está dizendo para as pessoas para ir às ruas, para o enfrentamento, para a queda de braço. Dilma contribui para uma crise que não tem como reparar", concluiu.
Clique AQUI para ver o arquivo da representação de Caiado