Promessas de suporte econômico ajudam ações chinesas a subir pelo 5º dia seguido
XANGAI/TÓQUIO (Reuters) - Os índices chineses subiram pela quinta sessão seguida nesta segunda-feira, lideradas pelas ações de matérias-primas e de empresas com menor valor de mercado, após uma série de garantias dadas pelas maiores autoridades do país de que a economia vai permanecer sólida apesar de importantes reformas estruturais.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,35 por cento, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,85 por cento.
A abertura da reunião anual do Parlamento em Pequim no fim de semana trouxe poucas surpresas aos investidores, mas foi temperada pelos comentários de autoridades buscando acalmar preocupações com a desaceleração econômica e a ameaça de demissões em larga escala em meio à reestruturação da indústria.
Os comentários também influenciaram as ações no restante do continente, que tocaram a máxima de dois meses e ampliaram os fortes ganhos da semana passada, impulsionadas também por dados otimistas de empregos nos Estados Unidos e pela recuperação dos preços do petróleo e das commodities.
Às 7:53 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,3 por cento. O índice já recuperou cerca de 80 por cento das perdas desde o início de 2016.
Porém, o índice Nikkei do Japão recuou 0,6 por cento, com os operadores realizando lucros por preocupações com a valorização do iene e antes da divulgação do Produto Interno Bruto revisado do quarto trimestre, que deve mostrar contração econômica um pouco maior do que a inicialmente estimada.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,61 por cento a 16.911 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,08 por cento a 20.159 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,85 por cento, a 2.898 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,35 por cento, a 3.104 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,11 por cento, a 1.957 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,19 por cento, a 8.659 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,48 por cento, a 2.823 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,04 por cento, a 5.142 pontos.
(Reportagem por Samuel Shen e Nathaniel Taplin em Xangai e Hideyuki Sano em Tóquio)
Reservas internacionais da China caem a US$3,20 tri, menores desde fim de 2011
PEQUIM (Reuters) - As reservas internacionais da China caíram em 28,57 bilhões de dólares em fevereiro, ligeiramente menos do que esperado e aliviando a queda de janeiro, o que sugere que o banco central chinês está recuando com suas intervenções para apoiar o iuan conforme a fuga de capital desacelera.
Ainda assim, as reservas da China caíram pelo quarto mês consecutivo, e o nível de 3,20 trilhões de dólares é o menor desde dezembro de 2011, mostraram dados do banco central nesta segunda-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam queda de 30 bilhões de dólares das reservas, dos 3,23 trilhões de dólares do fim de janeiro.
As reservas internacionais da China são as maiores do mundo, mas o ritmo no qual elas estão sendo reduzidas levou alguns analistas a acreditar que Pequim terá que permitir uma desvalorização maior do iuan em breve, ou recuar com a liberalização e apertar controles de capital.
O iuan se estabilizou em fevereiro após movimentos voláteis em dezembro e janeiro, ajudado em parte pelo dólar mais fraco e pelas expectativas menores de alta dos juros nos Estados Unidos.
(Reportagem por Kevin Yao, Meng Meng e Nathaniel Taplin)
China busca manter ritmo de crescimento e combate a desemprego em plano quinquenal
Por Xiaoyi Shao e Jake Spring
PEQUIM (Reuters) - A China enfrenta uma dura batalha para manter sua economia crescendo em pelo menos 6,5 por cento pelos próximos cinco anos, criando mais empregos e reestruturando setores ineficientes da indústria, disse o premiê Li Keqiang ao abrir sessão anual do Parlamento chinês neste sábado.
Um crescimento de 6,5 por cento seria um forte ritmo anual para a maioria dos países, mas seria o mais lento para a China em um quarto de século, à medida que a segunda maior economia do mundo enfrenta voláteis mercados financeiros, comércio global mais moderado e esforços para reduzir a degradação ambiental.
"O desenvolvimento de nosso país enfrenta mais e maiores dificuldades… então devemos estar preparados para uma dura batalha", disse Li.
Em 2016, Pequim vai mirar uma taxa de crescimento entre 6,5 e 7 por cento, conforme informado anteriormente pela Reuters, com uma meta de inflação de cerca de 3 por cento, de acordo com uma série de relatórios que abrirão o parlamento, que tem duração de 12 dias.
Mas a meta preliminar de gerenciar um déficit fiscal equivalente a 3 por cento do PIB, embora seja maior do que a meta do ano passado de 2,3 por cento, ainda decepcionou quem esperava que esse número ficasse mais perto de 4 por cento.
(Reportagem adicional de Kevin Yao, Sue-Lin Wong, Zhang
Xiaochong, Adam Rose, Kathy Chen, Niu Shuping, e Michael Martina)