Irritada com o PT, Dilma cogita não ir ao aniversário do partido
BRASÍLIA — A presidente Dilma Rousseff cogita não ir à comemoração do aniversário do PT, amanhã, no Rio. Incomodada com as críticas do partido à política econômica e à reforma da Previdência, ela poderá ampliar sua estada no Chile, para onde viaja nesta sexta-feira em visita oficial. A festa do PT será um desagravo ao ex-presidente Lula, que passou a ser alvo de investigação por receber favores de empresas que participaram do esquema de propinas da Petrobras. A presidente já não havia participado do programa do PT que foi ao ar na noite da última terça-feira, recusando o convite feito pela direção partidária.
A viagem ao Chile garante a Dilma um “álibi” para faltar à festa. Até o começo da semana, funcionários do Planalto que organizam as viagens presidenciais tinham a orientação de que ela voltaria ao Brasil amanhã à tarde, a tempo de ir à festa petista. Na quinta-feira, no entanto, a decisão quanto ao retorno foi suspensa, uma vez que os compromissos que ela tem no Chile poderiam se estender até o fim da tarde de sábado, inviabilizando a chegada a tempo da festa.
Ministros mais próximos da presidente defendem sua presença no evento, alegando que, neste momento em que o partido e o governo estão na berlinda devido às denúncias no âmbito da Operação Lava-Jato e à má situação da economia, a ausência seria um sinal de fragilidade ainda maior ao público externo. Para completar, Dilma ainda luta no Congresso para aprovar a CPMF e derrubar o impeachment.
— Ela não vai brigar com o PT. Esses tensionamentos são comuns, ainda mais em ano eleitoral — disse um assessor do Planalto.
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