Comércio mundial tem o pior ano desde a crise financeira de 2008

Publicado em 26/02/2016 07:32

A demanda mais fraca nos países emergentes fez de 2015 o pior ano para o comércio mundial desde a época da crise financeira. O resultado colocou em destaque os crescentes temores quanto à saúde da economia global.

O valor dos bens que cruzaram fronteiras internacionais no ano passado caiu 13,8% em termos de dólares –a primeira contração desde 2009–, de acordo com o "World Trade Monitor", publicação do Serviço de Análise de Política Econômica do governo holandês.

Boa parte da queda está relacionada à desaceleração registrada pela China e outras economias emergentes.

Os novos dados divulgados na quinta­feira representam o primeiro retrato do comércio mundial em 2015. Mas os números também surgem em meio a preocupações crescentes de que 2016 já venha parecendo mais exposto a perigos, para a economia mundial, do que se previa.

Essas preocupações estão colocando sombras sobre a reunião de dois dias entre os presidentes dos bancos centrais e ministros das finanças dos países do G20.

O FMI alertou esta semana que estava preparado para rebaixar a projeção de crescimento mundial para o ano, afirmando que as principais economias do planeta precisavam fazer mais estímulos.

O Baltic Dry Index, que mede o comércio mundial de commodities a granel, está perto do recorde de queda.

A China, que em 2014 passou os EUA como país com maior volume de comércio internacional, este mês anunciou queda de dois dígitos tanto nas exportações como nas importações, em janeiro.

No Brasil, que passa por sua pior recessão em mais de um século, as importações da China desabaram.

As exportações de todo o tipo de produto chinês ao Brasil, de automóveis a vestuário transportado em contêineres, caíram 60% em janeiro ante o mesmo mês no ano anterior, e o volume total de importações via contêineres para a maior economia da América Latina caiu à metade, de acordo com a Maersk Line, a maior companhia de navegação do planeta.

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S.Paulo

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