China diz que expansão do consumo continuará rápida em 2016

Publicado em 23/02/2016 07:25

PEQUIM (Reuters) - O consumo na China continuará a crescer a um ritmo rápido em 2016, afirmou nesta terça-feira o ministro do Comércio, Gao Hucheng, em entrevista à imprensa.

A desaceleração econômica da China tem agitado os mercados financeiros no momento em que o país busca reequilibrar sua economia para uma expansão mais voltada ao consumo, ante a atual dependência das exportações e investimentos.

O consumo respondeu por 66,4 por cento do crescimento do PIB da China em 2015, disse a agência de estatísticas em janeiro.

As recentes flutuações do iuan não irão impactar o desempenho comercial, disse ainda Gao, acrescentando que nem a depreciação nem a apreciação da moeda beneficiaria o comércio da China.

O iuan caiu mais 3 por cento contra o dólar depois que a China desvalorizou sua moeda em quase 2 por cento no dia 11 de agosto.

(Reportagem de Xiaoyi Shao, Sue-Lin Wong e Kevin Yao)

Ações chinesas recuam, queda do petróleo pressiona principal índice regional

XANGAI/CINGAPURA/TÓQUIO (Reuters) - As ações chinesas caíram nesta terça-feira com os investidores realizando lucros após os ganhos de 2 por cento da sessão anterior, mas alguns analistas esperam que os compradores retornem antes da reunião do Legislativo do país no próximo mês.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,95 por cento, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,79 por cento.

A maioria dos setores caiu, mas as ações de matérias-primas e de energia ampliaram a alta recente diante da recuperação global dos preços de commodities e petróleo.

No Congresso Nacional do Povo, os líderes chineses vão apresentar relatórios de trabalho e o plano de desenvolvimento econômico dos próximos cinco anos será finalizado.

No restante do continente, as ações recuaram da máxima de sete semanas com a reversão da alta do petróleo que vinha impulsionando as ações globais.

Às 7:28(horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,29 por cento, após subir mais cedo 0,4 por cento e atingir a máxima desde 8 de janeiro.

Depois de subir até 7 por cento na segunda-feira com as especulações da queda da produção de petróleo não convencional nos Estados Unidos, os preços do petróleo recuavam nesta terça-feira com preocupações de que qualquer corte na produção dos EUA pode ser compensada pelo aumento da produção no Irã.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,37 por cento, a 16.052 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,25 por cento, a 19.414 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,79 por cento, a 2.903 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,95 por cento, a 3.089 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,11 por cento, a 1.914 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,10 por cento, a 8.334 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,43 por cento, a 2.672 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,43 por cento, a 4.979 pontos.

(Reportagem de Samuel Shen e Pete Sweeney em Xangai, Nichola Saminather em Cingapura e Hideyuki Sano em Tóquio)

 

Fonte: Reuters

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