Dólar opera em baixa por bom humor com China e petróleo
O dólar opera em baixa nesta segunda-feira (22), acompanhando o bom humor nos mercados globais após a China substituir o principal regulador de mercados de capitais no país e indicar que o governo está aumentando os estímulos econômicos. A queda era influenciada também pela alta dos preços do petróleo nesta manhã.
Às 9h10, a moeda norte-americana caía 0,54%, vendida a R$ 4,0008.
Na sexta, o dólar caiu 0,65%, vendida a R$ 4,0227. Na semana passada, o dólar subiu 0,83%. No mês, há leve queda acumulada, de 0,04%. No ano, a moeda tem alta de 1,89%.
No Brasil, a volatilidade vem sendo acentuada também por preocupações com a possibilidade de o governo recorrer ao afrouxamento fiscal para combater a fraqueza na economia. Na sexta, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão anunciou que o governo federal autorizou um bloqueio de gastos de R$ 23,4 bilhões no Orçamento de 2016.
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Dólar cai em direção a R$ 3,95 por bom humor com China e petróleo
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava em direção a 3,95 reais nesta segunda-feira, após a China adotar novas medidas para enfrentar a turbulência nos mercados financeiros e em meio a nova alta dos preços do petróleo.
Às 10:29, o dólar recuava 1,18 por cento, a 3,9760 reais na venda, após avançar 0,83 por cento na semana passada. Na mínima desta sessão, a moeda chegou a 3,9581 reais. [nL2N15Y1P6]
"A semana começa com um tom favorável nos mercados internacionais. Resta saber se vai durar, porque o mercado tem estado muito volátil nas últimas semanas", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
No fim de semana, a China removeu o chefe da agência reguladora de mercados de capitais e indicou em seu lugar um alto executivo do setor bancário. Sinais de que o governo chinês está intensificando seus estímulos também contribuíam para o bom humor. [nL2N15Z0AV]
Outro fator positivo era a alta dos preços do petróleo, após a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) informar que espera que a produção de xisto nos Estados Unidos recue neste ano e no próximo, possivelmente aliviando a sobreoferta global. [nL2N1610II]
No cenário local, investidores continuavam apreensivos com as perspectivas fiscais para o Brasil, após o governo anunciar propostas que abrem espaço para novo déficit primário em 2016. [nL2N15Y1JS]
"Não tem como fugir, o câmbio vai continuar volátil por bastante tempo. O governo ainda não tem credibilidade com o mercado e isso faz o investidor trabalhar no curtíssimo prazo", disse o operador de uma corretora internacional.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, que equivalem a 10,118 bilhões de dólares, com oferta de até 11,9 mil contratos. [nE6N15A02N]
(Por Bruno Federowskiç Edição de Patrícia Duarte)