Índice europeu de ações salta 3% com recuperação de bancos alemães
LONDRES (Reuters) - O principal índice das ações europeias subiu 3 por cento nesta sexta-feira, impulsionado pelos ganhos dos papéis do Deutsche Bank e do Commerzbank, o que ajudou o mercado acionário a se recuperar parcialmente das perdas destas semana.
O índice FTSEurofirst 300 fechou com alta de 3,04 por cento, a 1.232 pontos. Na semana, o índice ainda acumulou queda de 4 por cento. Desde o início do ano, o índice acumula perda de 14 por cento, em meio a preocupações sobre a desaceleração da China.
As ações do Deutsche Bank avançaram 11,8 por cento nesta sexta-feira, após o banco informar que vai recomprar mais de 5 bilhões de dólares em dívida, aliviando preocupações sobre seus títulos. O concorrente Commerzbank informou que voltou a dar lucro no quarto trimestre e suas ações saltaram 18 por cento.
O índice de bancos do STOXX 600 subiu 5,6 por cento nesta sessão.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 3,08 por cento, a 5.707 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 2,45 por cento, a 8.967 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 2,52 por cento, a 3.995 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve alta de 4,70 por cento, a 16.514 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou avanço de 2,25 por cento, a 7.920 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 subiu 1,66 por cento, a 4.534 pontos.
Consumo nos EUA mostra força; mas preços dos importados sinalizam inflação fraca
WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores nos Estados Unidos recuperaram a força em janeiro, com as famílias aumentando as compras de uma variedade de bens, em um sinal positivo de que o crescimento econômico está acelerando após ter enfraquecido no fim de 2015.
Mas a perspectiva para os gastos do consumidor foi compensada por outro relatório divulgado nesta sexta-feira, mostrando que a confiança entre as famílias diminuiu no começo de fevereiro. Ainda assim, o aumento dos gastos do consumidor no mês passado destacou a resiliência da economia e deve diminuir os temores de uma recessão iminente.
"Os mercados podem ter decidido que os EUA se encaminham para a recessão, mas obviamente ninguém avisou os consumidores", disse o economista-chefe do Capital Economics Paul Ashworth.
O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que as vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação aumentaram 0,6 por cento no mês passado, após uma queda não revisada de 0,3 por cento em dezembro.
O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde de forma mais próxima ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto (PIB). Economistas esperavam aumento de 0,3 por cento no mês passado. No geral, as vendas no varejo avançaram 0,2 por cento em janeiro, o mesmo que em dezembro.
Em um relatório separado, a Universidade de Michigan disse que seu índice de confiança do consumidor caiu para uma leitura de 90,7 no começo de fevereiro, de 92 em janeiro, com as famílias preocupadas com a perspectiva econômica.
Os consumidores, entretanto, continuam otimistas sobre sua situação financeira pessoal, e esperam que a inflação baixa impulsione seu poder de compra.
Em outro relatório, o Departamento do Trabalho informou que os preços dos importados caíram 1,1 por cento no mês passado após recuarem também 1,1 por cento em dezembro. Os preços de importados caíram em 17 dos últimos 19 meses, refletindo a força do dólar e a queda dos preços do petróleo.
Os preços mais baixos do petróleo se transformaram em gasolina mais barata, impulsionando os gastos das famílias mas também pesando sobre as vendas dos postos de combustíveis.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
Dudley, do Fed, vê riscos mas diz que política do BC dos EUA é expansionista o suficiente
NOVA YORK (Reuters) - A política do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, está "apropriadamente bem expansionista" dado o baixo nível de inflação, que apresenta pouca ameaça ao crescimento econômico que vai persistir por um longo período a menos que haja choque externo, disse nesta sexta-feira o presidente do Fed de Nova York, William Dudley.
O membro do Fed, que não mencionou diretamente a recente turbulência nos mercados acionários em seu discurso preparado, destacou que a atual expansão dos EUA acontece há quase sete anos e é a terceira mais longa no período pós-Segunda Guerra Mundial.
Mas está claro que tempo não significa que o risco de recessão esteja "aumentando", disse ele. "Uma vez que a possibilidade é baixa de que um risco significativo da inflação surja no curto prazo, isso significa que o principal perigo para a atual expansão seja o risco de choques grandes e adversos".