Para economistas, governo abandonou a meta fiscal deste ano

Publicado em 12/02/2016 06:31

O adiamento do anúncio no corte do Orçamento e as notícias de que o governo pretende adotar regras mais flexíveis para cumprir a meta de superavit primário prejudicaram ainda mais a credibilidade da equipe econômica.

Nesta quinta (11), o governo decidiu postergar para Nesta quinta (11), o governo decidiu postergar para março o corte que pretende fazer nos gastos para tentar cumprir a meta de economia de 0,5% do PIB. O anúncio era esperado para esta sexta (12).

"Esse atraso é muito ruim. A presidente já deveria ter apresentado coisas pontuais nesse sentido em sua mensagem ao Congresso, na semana passada", diz o economista­chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. "Mas o clima já está tão ruim que não será isso o que vai mudar as expectativas do mercado."

Para José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, o governo tenta ganhar tempo para negociar com parlamentares cortes nos gastos ou aumento de impostos para definir o Orçamento.

Marcelo Giufrida, sócio da Garde Asset Management, diz que o que mais preocupa não é o governo postergar a decisão, mas a intenção de adotar bandas de flutuação do superavit.

Para ele, na prática, o governo está abandonando a meta fiscal para este ano.

"No curto prazo só tem um jeito de resolver o problema fiscal: aumentar imposto, o que é inviável por causa do Congresso", diz Perfeito. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S.Paulo

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Cerca de 80 países chegam a acordo sobre comércio eletrônico, mas sem apoio dos EUA
Brasil terá bandeira verde para tarifa de energia em agosto, diz Aneel
Wall Street termina em alta com apoio de dados de inflação e ações de tecnologia
Ibovespa avança mais de 1% impulsionado por Vale e quase zera perda na semana; Usiminas desaba
Dólar acumula alta de quase 1% na semana em que real foi pressionado pelo iene
Podcast Foco no Agronegócio | Olho no mercado | Macroeconomia | Julho 2024