China reduzirá preço doméstico do milho para elevar demanda e cortar importações

Publicado em 28/01/2016 13:04

PEQUIM (Reuters) - A China, segundo maior consumidor de milho do mundo, vai reduzir os preços domésticos para impulsionar a demanda da indústria de processamento do grão e diminuir importações mais baratas, afirmou um membro sênior do governo nesta quinta-feira.

A China instituiu uma política de estocagem de safras para proteger a população rural de preços flutuantes e elevar a renda. Mas as reservas de milho estão agora em níveis recordes.

A demanda por suprimentos mais baratos originados no exterior subiu porque o armazenamento elevou os preços domésticos, com importações de milho e substitutos de milho tendo atingido uma alta recorde no último ano.

"Se os preços do milho fossem fixados de maneira racional, com base na oferta e na demanda, a China não precisaria importar, mesmo", disse o vice-diretor do principal órgão de política agrícola do Partido Comunista, Chen Xiwen.

Ele afirmou que o preço de importação de 1.600 iuanes (243,24 dólares) por tonelada é aceito por indústrias de processamento de milho e deveria ser considerado um nível "racional" para o milho doméstico.

O preço de importação está 20 por cento abaixo do preço de apoio estatal para o ano comercial corrente, que termina em setembro, e também é menor que o preço de 1.800 iuanes proposto anteriormente pela maior agência de planejamento da China.

O contrato futuro de milho para janeiro de 2017 na bolsa de Dalian caiu 1,95 por cento na quinta-feira, para 1.540 iuanes por tonelada.

Ainda assim, alguns comerciantes se opõem aos cortes, dizendo que eles irão reduzir a renda dos produtores e causar perdas ao governo, que paga mais de 2 mil iuanes por tonelada pelas reservas.

(Por David Stanway e Niu Shuping)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dow Jones atinge recorde de fechamento após dados econômicos favoráveis dos EUA
Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC
Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA
Taxas longas de juros futuros disparam com temor fiscal após alta da dívida bruta no Brasil
S&P fecha em alta após dados econômicos favoráveis dos EUA
Desemprego baixo não provoca "inflação grande" em serviços, mas preocupa, diz Campos Neto