Demanda da China por petróleo cresce 2,5% em 2015, mas deve enfraquecer em 2016

Publicado em 19/01/2016 09:29

PEQUIM (Reuters) - O consumo de petróleo da China cresceu 2,5 por cento em 2015, com forte demanda por gasolina e querosene, desafiando uma desaceleração da economia e a queda da demanda por outras commodities, como carvão e aço.

No entanto, a expectativa para 2016 é de menor crescimento da demanda por petróleo na segunda maior economia do mundo, envolvida em uma desaceleração prolongada.

A China consumiu um recorde de 10,32 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2015, alta de 256 mil barris por dia em relação a 2014, de acordo com cálculos preliminares da Reuters com base em dados do governo.

A forte demanda da China, especialmente por petróleo e gasolina, tem sido um pilar raro de suporte para os preços do petróleo, que caíram mais de 70 por cento no mercado internacional desde meados de 2014 para seu nível mais baixo em mais de 12 anos.

A demanda da China por petróleo deve continuar a apoiar os preços mundiais do petróleo, apesar do sentimento baixista global, segundo o analista Daniel Ang, da Phillip Futures, em Cingapura.

"Basta olhar para a demanda de petróleo da China sozinha, é provável que se mantenha forte ou, pelo menos, cresça no mesmo ritmo como tem sido", disse ele.

Ainda assim, com o crescimento da economia da China no ano passado em seu ritmo mais lento em 25 anos e com os economistas esperando que perca mais força em 2016, muitos analistas vêem o crescimento da demanda por petróleo do país também em queda.

(Por Adam Rose)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dow Jones atinge recorde de fechamento após dados econômicos favoráveis dos EUA
Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC
Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA
Taxas longas de juros futuros disparam com temor fiscal após alta da dívida bruta no Brasil
S&P fecha em alta após dados econômicos favoráveis dos EUA
Desemprego baixo não provoca "inflação grande" em serviços, mas preocupa, diz Campos Neto