O Globo: Queda do petróleo faz ação da Petrobras recuar a R$ 5, menor valor desde 2003
A queda do preço do petróleo deprime mais uma vez as ações da Petrobras, levando a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a opera em queda nesta segunda-feira. Após a retirada das sanções econômicas que vinham sendo impostas ao Irã, grande produtor de petróleo, o barril do tipo Brent chegou a cair a US$ 27,67 hoje, embora tenha voltado ao patamar de US$ 28,89. O índice de referência da Bolsa, o Ibovespa recua 0,64%, aos 38.323 pontos.
O dólar comercial opera praticamente estável contra o real, valendo R$ 4,049 para venda. Globalmente, a moeda também registra estabilidade contra uma cesta de dez divisas, segundo o índice Dollar Spot, da Bloomberg.
As ações preferenciais da Petrobras (PN, sem direito a voto) operam em queda de 3,09%, valendo (R$ 5,01). Na mínima, papel atingiu a cotação de R$ 5, o que não acontecia desde novembro de 2003. Já o papel ordinário cai 2,38% (R$ 6,55).
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Na Reuters: Ação preferencial da Petrobras cai abaixo de R$5 pela 1ª vez desde julho de 2003
SÃO PAULO (Reuters) - As ações preferenciais da Petrobras eram negociadas abaixo de 5 reais nesta segunda-feira pela primeira vez desde julho de 2003, com queda de mais de 4 por cento na esteira do declínio do petróleo e preocupações com o nível de dívida e o andamento do plano de desinvetimentos da companhia.
No exterior, os preços do petróleo renovaram mínimas desde 2003, com o mercado preparando-se para receber exportações adicionais do Irã depois que as sanções internacionais ao país foram retiradas no fim de semana.
No que diz respeito à companhia, uma das principais preocupações de investidores é a eventual necessidade de ajuda do Tesouro Nacional ou nova capitalização via emissões de ações, dado o elevado nível de endividamento da petroleira e dificuldades para implementar seu plano de desinvestimentos. Na última sexta-feira, executivos da estatal afirmaram que uma ajuda do governo não está no radar e que seria a última opção.
A equipe de analistas do UBS destacou em relatório na semana passada que o plano de desinvestimento ainda pode ajudar a criar valor para a companhia, mas ponderou que os desafios crescem e que eles ainda vêem riscos elevados de uma oferta de ações, "embora provavelmente não este ano".
Às 13:29, a ação preferencial da Petrobras perdia 4,06 por cento, a 4,96 reais. Na mínima até esse horário, o papel chegou a ser negociado a 4,93 reais. A ação ordinária da petroleira recuava 3,58 por cento, a 6,47 reais, tocando mínimas desde agosto de 2003. O Ibovespa cedia quase 1 por cento.
No ano, ambas as ações da Petrobras acumulam queda ao redor de 25 por cento.
(Por Paula Arend Laier)
No O Globo: Corte de sanções ao Irã prejudica Petrobras
A redução das sanções ao Irã anunciada no fim de semana deve jogar a cotação do petróleo ainda mais para baixo, surtindo um duplo efeito sobre a Petrobras. No curto prazo, a receita da empresa com a venda de gasolina e diesel deve ser favorecida, uma vez que os preços de ambos os combustíveis no mercado doméstico estão bem acima da média internacional, e o valor do insumo para produzi-los só faz cair. No médio e longo prazos, porém, o impacto é negativo, na avaliação de especialistas, pois o preço baixo do petróleo compromete a viabilidade de projetos no pré-sal e a sustentabilidade dos negócios da companhia. O tombo na cotação diminui ainda a atratividade dos ativos que a empresa quer vender.
No sábado, Estados Unidos (EUA) e União Europeia (UE) suspenderam o embargo econômico ao Irã, após a Agência Internacional de Energia Atômica ter atestado que o país cumpriu as obrigações relativas a seu programa nuclear. Os EUA, no entanto, mantiveram algumas sanções ao país, devido à continuidade do programa de mísseis e à violação de direitos humanos.
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