Dilma quer redução na meta fiscal para evitar cortes no Bolsa Família

Publicado em 15/12/2015 06:09

A presidente Dilma afirmou a assessores que pode reduzir a meta de superavit primário (receitas menos despesas) do ano que vem, fixada pelo governo em 0,7% do PIB, para evitar cortes no programa Bolsa Família.

A informação desagradou à equipe do Ministério da Fazenda –que é contra a redução– e contribuiu para reforçar entre assessores do ministro Joaquim Levy a percepção de que ele pode deixar o governo no curto prazo.

O ministro evitou retomar ameaças de entregar o cargo se a meta for reduzida, mas afirmou a interlocutores que, seguindo recomendações de amigos, decidiu ser "discreto e elegante".

Em sua equipe, no entanto, alguns assessores já buscam opções no mercado para o caso de saída do chefe. 

Nesta reta de final de ano, a avaliação de assessores é que o ministro da Fazenda não veja sentido em continuar, diante do que considera resistência do governo em agir em a favor de um programa de ajuste fiscal.

A meta original do governo, defendida por Levy como essencial, é que o setor público economize 0,7% do PIB, equivalente a R$ 43,8 bilhões.

O líder do governo na Comissão de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PTRS), porém, afirmou que irá apresentar uma emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para reduzir a meta de superavit fiscal de 2016.

A LDO define qual deve ser a economia nas contas públicas em porcentual dos PIB e faz algumas projeções sobre receitas e gastos do governo. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S.Paulo

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Podcast Foco no Agronegócio | Olho no mercado | Macroeconomia | Julho 2024
Taxas futuras de juros no Brasil acompanham Treasuries e fecham com baixas firmes
Piora recente no câmbio e na curva de juros reflete perspectiva para política monetária, e não com fiscal, diz Ceron
Ações europeias terminam em alta após série de balanços corporativos impressionante
Primeiro semestre na Câmara teve como destaque a aprovação de regras da reforma tributária
ONS vê principais reservatórios de hidrelétricas em 55% da capacidade ao final de agosto