Petrobras anuncia reajuste médio de 3,8% no preço do GLP industrial e comercial
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras confirmou nesta quinta-feira reajuste médio de 3,8 por cento no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso industrial e comercial a partir de sexta-feira.
O preço do botijão de 13 quilos para uso doméstico permanece inalterado, informou a Petrobras.
O aumento havia sido antecipado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), que informou que os percentuais de reajuste variam entre 2,5 e 5 por cento.
Em setembro, a Petrobras já havia elevado em 11 por cento o preço do gás para consumo industrial.
Petrobras eleva preço do gás industrial entre 2,5% e 5%, diz Sindigás
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras vai aumentar entre 2,5 e 5 por cento o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para consumo industrial no Brasil, a partir de sexta-feira, informou nesta quinta-feira o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás).
Dessa forma, o reajuste será aplicado exclusivamente ao gás que é envasado em embalagens acima de 13 kg, não havendo alteração nos preços dos botijões até 13 quilos, consumido pelo segmento residencial, explicou o sindicato em nota.
Como o reajuste de preços é nas refinarias, a alta aos consumidores pode ser diferenciada, dependendo de fatores de mercado, custos, logística e distribuição.
"O Sindigás esclarece que os preços são livres em todos os elos da cadeia e que o mercado tem autonomia para fixá-los. Portanto, o Sindigás orienta o consumidor a pesquisar o preço final", afirmou o Sindigás na nota.
O presidente so Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, afirmou que mais uma vez o sindicato foi surpreendido pela Petrobras.
"Atrapalha a competitividade do produto", afirmou ele à Reuters.
Bandeira de Mello ressaltou que a Petrobras está aumentando o preço do GLP no país enquanto o produto no cenário global está caindo.
"A Petrobras precisa explicar qual a política de preços dela", afirmou Bandeira de Mello.
Em setembro, a Petrobras já havia elevado em 11 por cento o preço do gás para consumo industrial.
Indústria de petróleo vê leilão em 2016 de áreas da União conectadas a concessões
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil poderá realizar em 2016 um leilão de reservas petrolíferas da União que têm conexão com áreas já licitadas, disse nesta quinta-feira o secretário-executivo do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Antônio Guimarães, durante evento no Rio de Janeiro.
Atualmente, segundo o representante da associação que reúne a indústria de petróleo no país, um grupo de trabalho está se reunindo para apresentar propostas ao governo para a criação de uma regulamentação específica que trate da conexão entre reservas licitadas pelo governo federal e não licitadas.
As novas regras, que deverão ser publicadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), têm como objetivo esclarecer dúvidas existentes nas atuais leis do setor.
"Se isso sair até o fim do ano, uma resolução do CNPE, você já tem um primeiro elemento para destravar as questões de unitização", disse Guimarães, acrescentando que "é razoável" esperar que haja um leilão no próximo ano.
O executivo não tinha informações sobre se o assunto estaria na pauta da próxima reunião do CNPE, que acontece ainda este mês.
Segundo o secretário-executivo do IBP, se não houver um leilão, o "problema" das empresas não estará resolvido.
"(O leilão) é um imperativo de que quem já comprou um bloco e está esperando uma solução", disse Guimarães, acrescentando que para o país "é desejável" que haja sequência dos investimentos nas áreas.
O representante do IBP ressaltou que há mais de 20 campos com reservas que têm conexão com áreas não licitadas pelo governo, sendo que a grande maioria está no polígono do pré-sal.
Segundo Guimarães, essas reservas podem conter de 8 bilhões a 10 bilhões de barris de petróleo. Do volume total, de 1,6 bilhão a 2 bilhões de barris estão em áreas não licitadas.
"A proposta do IBP tem sido de não transformar isso em algo mais complexo do que (já é)", afirmou Guimarães.
No caso das reservas que envolvem áreas do polígono do pré-sal, onde atualmente a Lei de Partilha obriga que a Petrobras seja a única operadora, Guimarães afirmou que o IBP defende que a Petrobras deverá discutir com a operadora da jazida compartilhada quem deverá assumir as operações.
Segundo ele, a própria Petrobras poderá concluir que não deverá ser a operadora de uma determinada jazida, quando o volume que estiver extrapolando da área já concedida a outras empresas for pequeno.
"No nosso entendimento, que a gente levou para o governo e espera que eles dêem uma decisão final, é que as partes vão decidir quem será o operador", afirmou Guimarães.
Minério de ferro pode cair abaixo de US$ 40 com fraca demanda chinesa
.MANILA (Reuters) - Os preços do minério de ferro no mercado à vista atingiram uma nova mínima de uma década nesta quinta-feira e já há projeções de que eles caiam abaixo de 40 dólares por tonelada no futuro, com o encolhimento da demanda por aço forçando siderúrgicas chinesas a cortar a produção ao mesmo tempo que não há sinais de que as maiores mineradoras de ferro limitarão a produção.
Commodity mais fortemente atingida pela desaceleração da economia chinesa, o minério de ferro perdeu 43 por cento de seu valor este ano, muito mais que o petróleo e o cobre, com a crescente oferta de baixo custo reforçando o excedente global de oferta.
O minério de ferro com entrega imediata no porto de Tianjin, na China, caiu 0,7 por cento, para 40,30 dólares por tonelada, de acordo com o The Steel Index (TSI). Foi o menor nível já registrado pelo TSI desde que começou a medir os preços em 2008.
Segundo o sistema de precificação anual, que precedeu os contratos à vista e os registros do TSI, o minério de ferro foi negociado a 38,27 dólares por toneladas por boa parte do ano de 2005 e a 22,31 dólares no ano anterior, segundo dados compilados pelo Goldman Sachs.
"Até que haja algum sinal de que ou a demanda está se estabilizando ou o excesso de oferta está enfraquecendo, haverá pressão sobre os preços", disse Daniel Hynes, estrategista sênior de commodities do ANZ. "Nós podemos vê-lo na faixa dos 30 dólares".
(Por Manolo Serapio Jr)