Dólar opera em queda nesta quarta-feira, após fechar estável na véspera
O dólar opera em queda nesta quarta-feira (18), depois de fechar praticamente estável na véspera.
Às 9h10, a moeda norte-americana caía 0,5% em relação ao real, cotado a R$ 3,7976.
Na véspera, a moeda fechou quase estável, após o Banco Central anunciar para esta tarde leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra.
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Dólar cai abaixo de R$3,80, de olho em Congresso e ata do Fed
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava abaixo de 3,80 reais nesta quarta-feira, após o Congresso Nacional manter o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste do Judiciário e a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovar a nova meta fiscal para este ano.
Investidores evitavam realizar grandes operações antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que pode trazer mais pistas sobre quando o banco central norte-americano vai começar a elevar os juros.
Às 10:24, o dólar recuava 0,59 por cento, a 3,7946 reais na venda, após ficar quase estável na véspera.
"A aprovação dos vetos traz alguma tranquilidade no curto prazo. A questão política tem sido o principal foco nos últimos meses e o noticiário relevante para hoje é positivo", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
O Congresso manteve na noite de terça-feira vetos presidenciais a dois temas polêmicos que poderiam causar impactos bilionários das contas públicas: o reajuste de até 78,6 por cento para os servidores do Judiciário e a dedução de imposto de renda para compra de livros por professores.
Mais cedo, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso havia aprovado a nova meta fiscal proposta pelo governo para este ano, em mais um sinal positivo no campo político.
No cenário externo, investidores adotavam cautela antes da divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed simultaneamente ao fechamento do mercado à vista, às 17h, em busca de pistas sobre o futuro da política monetária norte-americana.
O mercado aposta de que o Fed deve elevar os juros em dezembro, o que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil. No entanto, números mistos sobre os EUA e declarações de autoridades do banco central vêm levantando algumas dúvidas sobre essa perspectiva.
"Agora que a alta de juros (nos EUA) está ali, virando a esquina, o mercado fica muito especulativo. Toda informação nova é importante para formar as expectativas", disse o operador de uma corretora nacional.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
(Por Bruno Federowski)