Dólar sobe a cerca R$ 3,85 após ataques em Paris

Publicado em 16/11/2015 08:16

O dólar avança nesta segunda-feira (16), após ataques em Paris na sexta-feira (13) desencadearem uma onda de aversão a risco nos mercados financeiros globais.

Às 9h09, o dólar avançava 0,45%, a R$ 3,8505 na venda, após fechar a sessão passada no maior nível em duas semanas. 

Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 1,75%, a R$ 3,8331. Na semana, o dólar subiu 1,88%. No mês, a moeda acumula queda de 0,77% e no ano, valorização de 44,17%.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Dólar opera quase estável, a R$3,83, com Paris, Fed e ruídos sobre Fazenda

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar reduziu a alta e passou a operar perto da estabilidade nesta segunda-feira, na casa dos 3,83 reais, com investidores evitando ativos de risco após os ataques em Paris na sexta-feira mas avaliando que a influência dessas notícias sobre os mercados financeiros é limitada.

O mercado também adotava cautela em meio a ruídos sobre o futuro de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e no início de uma semana marcada por eventos que podem trazer mais pistas sobre quando os juros começarão a subir nos Estados Unidos.

Às 10:37, o dólar avançava 0,09 por cento, a 3,8363 reais na venda, após avançar 1,75 por cento na sexta-feira e fechar no maior nível em duas semanas. Na máxima desta sessão, a moeda norte-americana alcançou 3,8621 reais.

"Os ataques em Paris assustam e a reação normal é buscar proteção", disse o operador da corretora Spineli José Carlos Amado. Ele ressaltou, porém, que o impacto do evento sobre os mercados é pequeno. "Não mudam os fundamentos (econômicos)", acrescentou.

A polícia francesa vasculhava casas de supostos militantes islâmicos pelo país após os ataques em Paris, prendendo 23 pessoas e apreendendo armas incluindo lança-foguetes. Pelo menos 129 pessoas morreram nos ataques na sexta-feira.

No Brasil, investidores continuavam preferindo estratégias mais defensivas em meio a incertezas sobre a possível saída de Levy do Ministério da Fazenda. Rumores de que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles poderia ser seu sucessor agradaram o mercado na semana passada, mas notícias de que o próximo ministro não teria autonomia completa voltaram a golpear o bom humor na sexta-feira.

Outro nome que entrou nos rumores como eventual sucessor de Levy é o do diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) Otaviano Canuto. "O mercado não conhece muito bem o Canuto, mas a primeira vista parece que ele defende uma política fiscal rígida, o que é positivo", disse o operador da corretora de um banco nacional.

Em entrevista nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff afirmou que Levy permanecerá no cargo "até segunda ordem" e disse que as especulações sobre o ministro são nocivas para o país.

Além disso, investidores evitavam fazer grandes operações antes da divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA e da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano, nos próximos dias.

"É uma semana repleta de eventos importantes. Quem montar uma posição agora está se arriscando bastante", afirmou o operador de uma corretora internacional.

Investidores vêm apostando que o Fed elevará os juros no mês que vem, o que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em países como o Brasil, mas indicadores econômicos fracos e declarações menos incisivas de autoridades do Fed levantaram algumas dúvidas sobre essa perspectiva.

O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

(Por Bruno Federowski)

Fonte: G1 + Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar oscila pouco, mas segue acima de R$5,80 com cautela antes de pacote fiscal
Minério de ferro avança com produção de aço mais forte superando dados fracos da China
Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor; civis começam a voltar ao sul do Líbano
Arthur Lira acena para avanço de projetos sobre “Reciprocidade Ambiental”
CMN amplia prazo para vencimento de crédito rural em cidades do RS atingidas por chuvas
Ibovespa fecha em alta à espera de pacote fiscal; Brava Energia dispara
undefined