Nos EUA ações caem e inflação deve subir. Sinais de aumento nos juros

Publicado em 13/11/2015 03:26
na reuters

Wall Street sofre maior queda diária desde setembro

 

(Reuters) - As ações norte-americanas tiveram seu pior pregão em mais de um mês nesta quinta-feira, com os preços menores das commodities pressionando papéis de energia e matéria-prima, e comentários de um membro do Federal Reserve sugeriram proximidade de um aumento da taxa de juros.

O índice Dow Jones caiu 1,44 por cento, a 17.448 pontos, o S&P 500 recuou 1,4 por cento, a 2.045 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 1,22 por cento, a 5.005 pontos.

A queda afetou todos os 10 principais setores do S&P e empurrou os índices Dow e S&P500 para baixo de suas médias de móveis de 200 dias, o que alguns traders acreditam que prenuncia mais declínios.

Investidores mantêm um olhar atento sobre se o Fed vai aumentar em dezembro a taxa de juros pela primeira vez em quase uma década, como é amplamente esperado após a divulgação de fortes dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Em um discurso nesta quinta-feira, a chair do Fed, Janet Yellen, não fez comentários sobre a economia ou o momento de um aumento dos juros.

Mas o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que "é bem possível que as condições definidas pelo Comitê Federal de Mercado Aberto para começar a normalizar a política monetária sejam atendidas em breve."

 

Sinal para aumento dos juros: Inflação nos EUA vai subir, diz Fischer, do Fed


WASHINGTON (Reuters) - A inflação nos Estados Unidos deve acelerar no ano que vem, com o desaparecimento das pressões relacionadas ao dólar forte e os preços baixos de energia, afirmou o número dois do Federal Reserve nesta quinta-feira, acrescentando que a economia tem tido um bom desempenho devido, em parte, ao adiamento na elevação da taxa de juros.

O vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, reforçando a certeza de que uma inflação maior está próxima, disse esperar que o índice de inflação preferido do banco central norte-americano suba para 1,5 por cento no ano que vem e atinja a meta de 2 por cento no "médio prazo".

"Algumas das forças que mantêm a inflação em baixa em 2015, particularmente aquelas ligadas a um dólar mais forte e os baixos preços de energia, começarão a desaparecer no próximo ano", disse ele durante uma conferência de pesquisadores e participantes do mercado no Fed.

"Embora a valorização do dólar e a fraqueza externa têm sido um choque considerável, a economia dos EUA parece estar resistindo a isso razoavelmente bem, apesar de seus grandes efeitos sobre determinados setores da economia muito expostos ao comércio internacional"

 

Índice de ações europeias têm maior queda desde setembro

 

LONDRES (Reuters) - Um dos mais importantes índices de ações da Europa registrou sua maior queda em seis semanas nesta quinta-feira, com a fraqueza do mercado acionário norte-americano e dos preços das commodities, juntamente com resultados corporativos ruins, levando as ações para baixo.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 1,61 por cento, a 1.470 pontos, maior queda diária desde 28 de setembro.

O índice enfraqueceu com Wall Street, depois que dados de emprego ratificaram a perspectiva de que o Federal Reserve poderá aumentar os juros em dezembro.

Os resultados corporativos mais fracos do que o esperado na Europa incluíram outro alerta da Rolls-Royce, o que levou as ações da fabricante de motores britânica a despencarem 19,6 por cento-- maior recuo percentual diário em 15 anos.

O setor de commodities foi o que registrou maior queda, com as empresas de matérias-primas caindo 4,2 por cento e as empresas de energia recuando 3,1 por cento.

Um dólar forte e preocupações sobre excesso de oferta levaram o cobre a um nível mais baixo em seis anos, enquanto um relatório da Opep de que uma oferta excessiva de petróleo vai persistir derrubou o preço do Brent.

"Combine oferta abundante com uma perspectiva de dólar forte, e os preços das commodities vão sofrer", disse Chris Faulkner MacDonagh, estrategista de mercados globais da Standard Life.

 

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,88 por cento, a 6.178 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,15 por cento, a 10.782 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,94 por cento, a 4.856 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,35 por cento, a 21.859 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 2,25 por cento, a 10.144 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,24 por cento, a 5.184 pontos.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar tem leve alta na abertura com cautela antes de pacote fiscal e dados dos EUA
Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor; civis começam a voltar ao sul do Líbano
Arthur Lira acena para avanço de projetos sobre “Reciprocidade Ambiental”
CMN amplia prazo para vencimento de crédito rural em cidades do RS atingidas por chuvas
Ibovespa fecha em alta à espera de pacote fiscal; Brava Energia dispara
Macron e Biden dizem que acordo de cessar-fogo no Líbano permitirá retorno da calma
undefined