Ações chinesas sobem após dados sugerirem que economia precisa de mais estímulos

Publicado em 11/11/2015 06:14

XANGAI (Reuters) - As ações chinesas terminaram a quarta-feira em alta com investidores apostando em mais estímulos após dados mistos mostrarem que o crescimento da China continua, na melhor das hipóteses, com pouca força.

O índice CSI300 <.CSI300>, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve variação positiva de 0,01 por cento, a 3.833 pontos. O índice de Xangai <.SSEC> subiu 0,27 por cento, para 3.650 pontos.

No início do pregão, o mercado havia sido pressionado pelo recuo das ações do setor financeiro, mas conseguiu se recuperar no decorrer da sessão.

Atividade econômica da China em outubro mostra persistência de pressões negativas

Por Kevin Yao e Meng Meng

PEQUIM (Reuters) - O crescimento da produção industrial da China atingiu a mínima de 7 meses em outubro, enquanto a expansão do investimento registrou o ritmo mais fraco desde 2000, sinais de que mais suporte do governo pode ser necessário para sustentar a demanda em desaceleração na segunda maior economia do mundo.

O único ponto positivo entre os dados fracos de outubro divulgados nesta quarta-feira foi a melhora nas vendas no varejo, que parece estar impedindo que a taxa de crescimento da China caia mais.

Os líderes chineses embarcaram na mais agressiva política de afrouxamento desde a crise financeira global de 2008/09, mas os números de outubro destacam os persistentes obstáculos provenientes da demanda global fraca, do esfriamento do setor imobiliário doméstico e do excesso de capacidade industrial.

"A política fiscal deve se tornar mais expansionista no próximo ano", disse o economista do Guosen Securities Lin Hu. "Haverá mais cortes nas taxas de juros e de compulsório, e nós não podemos descartar a possibilidade de tais cortes serem feitos em um ano."

A produção industrial cresceu a um ritmo anual menor do que o esperado, de 5,6 por cento em outubro, o mais fraco em sete meses, informou nesta quarta-feira a Agência Nacional de Estatísticas. A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de avanço de 5,8 por cento, após alta de 5,7 por cento em setembro.

O investimento em ativos fixos subiu 10,2 por cento nos primeiros 10 meses do ano, em linha com as expectativas mas ao ritmo mais fraco desde 2000, e abaixo do ganho de 10,3 por cento entre janeiro e setembro.

O esfriamento do setor imobiliário continuou sendo um peso para os investimentos, com o crescimento do investimento em propriedades desacelerando a 2 por cento entre janeiro e outubro, ante 2,6 por cento nos nove primeiros meses deste ano.

Já o crescimento das vendas do varejo continuou a acelerar, expandindo a uma taxa anual de 11 por cento em outubro, comparado com os 10,9 por cento em setembro. Analistas previam crescimento de 10,9 por cento em outubro.

Um dos fatores que ajudou a levantar as vendas do varejo foram as vendas de veículos, que subiram 11,8 por cento em outubro em relação ao ano anterior, o maior ganho anual desde dezembro, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Nasdaq terminam em baixa em negócios voláteis e incerteza sobre megacaps
Após se aproximar de R$5,70, dólar passa por realização de lucros e fecha em queda
Ibovespa tem nova queda e fecha abaixo de 125 mil pontos após ajustes
Juros futuros têm alta firme após IPCA-15 pior que o esperado
Candidato da oposição confia nos militares para garantir respeito aos resultados na Venezuela
Insegurança alimentar no Brasil cai 85% em 2023, segundo relatório da ONU